Sistema financeiro

Ageas mantém lucro de 130 milhões de euros em 2022

Steven Braekeveldt, presidente executivo do Grupo Ageas Portugal
Steven Braekeveldt, presidente executivo do Grupo Ageas Portugal
António Pedro Ferreira

O grupo Ageas fechou 2022 com um volume de negócios de mais de 2 mil milhões de euros nos ramos Vida e Não Vida, mais 13,4% do que em 2021. Os lucros ascenderam a 130 milhões, o mesmo valor de 2021

Ageas mantém lucro de 130 milhões de euros em 2022

Isabel Vicente

Jornalista

Os lucros do grupo Ageas em Portugal ascenderam a 130 milhões de euros em 2022, o mesmo valor que em 2021, apesar do ano ter sido "instável e adverso do ponto de vista económico e social", referiu Steven Braekeveldt, presidente da Ageas.

O rácio de solvência da Ageas caiu de 276% para 267%, muito acima do exigido, mas abaixo do de 2021.

“É inevitável a subida de preços decorrente da inflação”, referiu na apresentação dos resultados esta sexta-feira. Já se verificaram aumentos de 5% no ramos automóvel e saúde, embora “abaixo da inflação”. E acrescentou que ainda assim podem "não ser suficientes".

A quota de mercado global (Vida e Não Vida) situou-se nos 15,9%

Seguros Não Vida crescem e Vida decrescem

Em termos de negócio registou um crescimento 8,7% no ramo Não Vida para 893 milhões de euros, com um contributo significativo do setor da saúde (9,3%).

A quota de mercado do Não Vida foi reforçada ao passar de 14% para 14,2%, como referiu Miguel Barata, responsável de planeamento e controlo financeiro do grupo Ageas, que apresentou os resultados anuais.

O segmento da Saúde é a primeira linha de negócio da Ageas com um peso de 40% - devido ao crescimento mais expressivo durante a pandemia - seguida do segmento Automóvel com 29%.

No ramo Não Vida 60% dos clientes são particulares e 40% são empresas. Do total dos prémios emitidos 13% veio de negócio novo.

No que toca ao ramo Vida, em particular dos seguros clássicos, como os de vida, risco, financeiros ou de fundos de investimento, verificou-se um decréscimo de 26% ascendendo o volume de prémios a 1,1 mil milhões de euros. Para isso também contribuiu a conjuntura adversa "potenciada pelo efeito económico da inflação e da guerra da Ucrânia".

Aquele facto determinou a desvalorização nos mercados financeiros que levaram a uma queda mais expressiva do seguros tipo Unit Linked - que compreende os contratos de seguros ligados a fundos de investimento.

No ramo Vida a quota de mercado caiu para 17,1%.


Miguel Barata, diretor do grupo Ageas, apresentação de resultados, em Lisboa
TIAGO MIRANDA


Aposta na saúde, inclusão e clima

Até 2030 a Ageas, atualmente com 1328 trabalhadores e 2261 mediadores e corretores e mais de 1,7 milhões de clientes, tem três ambições de longo prazo no que diz respeito à sustentabilidade. Steven Braekeveldt afirma que é muito importante reforçar o compromisso para alcançar “uma sociedade mais saudável, através da prevenção e desenvolvimento de soluções para doenças crónicas; saúde mental e envelhecimento. Assim como ”promover a resiliência climática", neste caso através das emissões e aposta na energia verde e o incentivo para promover uma economia de baixo carbono. Sublinha que é importante “sensibilizar os clientes e os fornecedores para estas questões”.

Avança ainda com um terceiro desafio que passa pela inclusão, não apenas financeira, mas também na aposta do investimento de impacto e ainda na diversidade, equidade e inclusão integradas no negócio.

Notícia atualizada às 17.30 corrigindo a informação sobre quotas de mercado e função de Miguel Barata

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