Ageas mantém lucro de 130 milhões de euros em 2022

O grupo Ageas fechou 2022 com um volume de negócios de mais de 2 mil milhões de euros nos ramos Vida e Não Vida, mais 13,4% do que em 2021. Os lucros ascenderam a 130 milhões, o mesmo valor de 2021
O grupo Ageas fechou 2022 com um volume de negócios de mais de 2 mil milhões de euros nos ramos Vida e Não Vida, mais 13,4% do que em 2021. Os lucros ascenderam a 130 milhões, o mesmo valor de 2021
Jornalista
Os lucros do grupo Ageas em Portugal ascenderam a 130 milhões de euros em 2022, o mesmo valor que em 2021, apesar do ano ter sido "instável e adverso do ponto de vista económico e social", referiu Steven Braekeveldt, presidente da Ageas.
O rácio de solvência da Ageas caiu de 276% para 267%, muito acima do exigido, mas abaixo do de 2021.
“É inevitável a subida de preços decorrente da inflação”, referiu na apresentação dos resultados esta sexta-feira. Já se verificaram aumentos de 5% no ramos automóvel e saúde, embora “abaixo da inflação”. E acrescentou que ainda assim podem "não ser suficientes".
A quota de mercado global (Vida e Não Vida) situou-se nos 15,9%
Em termos de negócio registou um crescimento 8,7% no ramo Não Vida para 893 milhões de euros, com um contributo significativo do setor da saúde (9,3%).
A quota de mercado do Não Vida foi reforçada ao passar de 14% para 14,2%, como referiu Miguel Barata, responsável de planeamento e controlo financeiro do grupo Ageas, que apresentou os resultados anuais.
O segmento da Saúde é a primeira linha de negócio da Ageas com um peso de 40% - devido ao crescimento mais expressivo durante a pandemia - seguida do segmento Automóvel com 29%.
No ramo Não Vida 60% dos clientes são particulares e 40% são empresas. Do total dos prémios emitidos 13% veio de negócio novo.
No que toca ao ramo Vida, em particular dos seguros clássicos, como os de vida, risco, financeiros ou de fundos de investimento, verificou-se um decréscimo de 26% ascendendo o volume de prémios a 1,1 mil milhões de euros. Para isso também contribuiu a conjuntura adversa "potenciada pelo efeito económico da inflação e da guerra da Ucrânia".
Aquele facto determinou a desvalorização nos mercados financeiros que levaram a uma queda mais expressiva do seguros tipo Unit Linked - que compreende os contratos de seguros ligados a fundos de investimento.
No ramo Vida a quota de mercado caiu para 17,1%.
Até 2030 a Ageas, atualmente com 1328 trabalhadores e 2261 mediadores e corretores e mais de 1,7 milhões de clientes, tem três ambições de longo prazo no que diz respeito à sustentabilidade. Steven Braekeveldt afirma que é muito importante reforçar o compromisso para alcançar “uma sociedade mais saudável, através da prevenção e desenvolvimento de soluções para doenças crónicas; saúde mental e envelhecimento. Assim como ”promover a resiliência climática", neste caso através das emissões e aposta na energia verde e o incentivo para promover uma economia de baixo carbono. Sublinha que é importante “sensibilizar os clientes e os fornecedores para estas questões”.
Avança ainda com um terceiro desafio que passa pela inclusão, não apenas financeira, mas também na aposta do investimento de impacto e ainda na diversidade, equidade e inclusão integradas no negócio.
Notícia atualizada às 17.30 corrigindo a informação sobre quotas de mercado e função de Miguel Barata
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