O Raiffeisen Bank tem de pôr termo à sua atividade na Rússia, avisou o Banco Central Europeu (BCE). Segundo avançaram fontes à Reuters, o banco austríaco está a ser pressionado para sair da Rússia devido às dúvidas dos Estados Unidos sobre a atividade do Raiffeisen naquele país.
Depois de vários bancos ocidentais já terem fechado portas no mercado russo, o BCE quer que o banco prepare um plano de saída, que pode passar pela venda ou pelo fecho da subsidiária, que é lucrativa para o Raiffeisen, o segundo maior banco austríaco.
Mas o Raiffeisen, que é hoje o maior banco ocidental na Rússia, não o vai fazer para já, segundo as fontes ouvidas pela agência. Não está sozinho, ainda subsistindo bancos ocidentais na Rússia além do Raiffeisen, como o UniCredit, de Itália. E nisto tem o apoio do governo austríaco, que encara esta pressão como uma interferência externa nos temas internos do país, e que prevê aguardar até que se resolva o conflito.
Um responsável norte-americano pelas sanções levantou a questão recentemente numa visita a Viena, capital da Áustria, de acordo com outra fonte citada pela agência esta sexta-feira, 24 de março; numa altura em que os EUA estão a investigar o banco por alegada quebra de sanções.
Um porta-voz do BCE diz que a instituição tem "pedido aos bancos para continuar a monitorizar de perto o negócio na Rússia e, idealmente, reduzi-lo e liquidá-lo o mais possível”. Um responsável do Raiffeisen disse à Reuters que o banco está a analisar e a “acelerar” o estudo das formas como poderá sair do país, “incluindo uma saída cuidadosamente gerida”.
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