Sistema financeiro

BCE sobe requisitos gerais de capital para 15% dos ativos ponderados pelo risco

BCE sobe requisitos gerais de capital para 15% dos ativos ponderados pelo risco
Ralph Orlowski

O Banco Central Europeu aumentou os requisitos gerais de capital, mas reconheceu que os bancos têm hoje “posições sólidas de capital e liquidez” e notou “que a sua rentabilidade aumentou”

O Banco Central Europeu (BCE) aumentou os requisitos gerais de capital e as orientações para os bancos, em média, para 15% dos ativos ponderados pelo risco, contra 14,7% no ciclo anterior, foi anunciado esta quarta-feira, 8 de fevereiro.

O BCE informou esta quarta-feira que os bancos têm "posições sólidas de capital e liquidez, que a sua rentabilidade aumentou e que os seus ratings se mantiveram, em geral, inalterados".

O BCE também considera os bancos resilientes depois de ter feito uma análise de supervisão e um teste de avaliação.

O montante médio dos requisitos gerais e orientações de capital em termos de capital próprio comum da mais alta qualidade CET1 foi aumentado em 2023 para cerca de 10,7% dos ativos ponderados pelo risco, contra 10,4% em 2022.

No final do terceiro trimestre de 2022, o montante médio de CET1 detido por bancos significativos era de 14,7% dos ativos ponderados pelo risco.

Os bancos "resistiram bem ao impacto económico da invasão da Ucrânia pela Rússia, graças às suas fortes posições de capital e liquidez, ao aumento da rentabilidade e à melhoria contínua na qualidade dos ativos", disse Andrea Enria, presidente do conselho de supervisão do BCE.

A média ponderada dos requisitos “Pilar 2” estabelecida pelo BCE para este ano em termos de capital total manteve-se em linha com os requisitos dos anos anteriores, em 2% dos ativos ponderados pelo risco, contra 1,9% em 2022.

Estes requisitos em termos de capital de nível 1 (CET1) também se mantiveram praticamente inalterados para 2023, em 1,1%.

A análise e teste de avaliação da supervisão de 2022 resultou em recargas dos requisitos de capital para as exposições duvidosas de 24 bancos que não cumpriram as expectativas de cobertura do BCE para empréstimos duvidosos concedidos antes de 26 de abril de 2019.

Os bancos que corrigirem ativamente o défice de cobertura em relação às expectativas do BCE poderão reduzir rapidamente esta nova sobretaxa durante 2023 sem esperar pela próxima avaliação.

Foi também incluído um requisito adicional de capital para alguns bancos com exposições muito elevadas a transações alavancadas ou com controlos de risco muito fracos nesta linha de negócio.

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