Sistema financeiro

BPI vai dar 284 milhões de dividendos ao CaixaBank

João Pedro Oliveira e Costa, presidente executivo do BPI. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
João Pedro Oliveira e Costa, presidente executivo do BPI. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Banco vai distribuir 63% dos resultados que obteve em Portugal e 100% dos ganhos em Angola e Moçambique aos seus acionistas. Ainda não chegou a hora de subir a remuneração dos depósitos mas pode estar para breve

O BPI vai distribuir 284 milhões de euros de dividendos ao CaixaBank, revelou o presidente executivo, João Pedro Oliveira Costa, um aumento significativo face ao distribuído em 2021 que ascendeu a 194 milhões de euros.

O banco diz que tem uma elevada capitalização e que “cumpre por margem significativa os requisitos mínimos de capital exigidos pelo BCE”, mesmo depois de “calculados os dividendos a distribuir”. O rácio de capital total é de 18,9%, e o CET1 de 14,8%.

João Oliveira e Costa referiu que o banco cumpria já no final de 2022, “largamente” os atuais requisitos de MREL (requisito mínimo de fundos próprios e passivos elegíveis) exigidos para 2024.

“Em breve iremos remunerar os depósitos a prazo”

O presidente executivo do BPI diz que está atento à evolução das taxas de juro, a propósito da subida de mais 50 pontos percentuais por parte do BCE, e que o banco “tem várias soluções para remunerar as poupanças dos clientes”.

A subida dos juros dos depósitos “é um processo evolutivo e tendo em conta a subida das taxas de juro, em breve iremos remunerar os depósitos a prazo”.

E afirma ainda “não pretendemos que os nossos clientes saiam para subscrever certificados de aforro”, mas adinda que “o Estado podia não pagar tanto”.

Houve tempos, recorda, “em que os bancos pagavam acima da Euribor”.

2000 clientes pedem renegociação de crédito e são elegíveis

O BPI tem tido vários pedidos de renegociação de créditos, entre os quais 2000 créditos são elegíveis, e para os quais o seu presidente diz que já foi fechada uma solução.

Quanto aos clientes que têm dificuldades e não podem renegociar o crédito ao abrigo do diploma aprovado em novembro, também “estudamos soluções para os clientes”, sublinha. “Mantemos todas as cautelas no crédito à habitação. A nossa preocupação é que os clientes possam continuar a pagar os seus créditos”.

Cautelas que dizem respeito a dificuldades que clientes com crédito já têm, possam no futuro surgir, assim como a empréstimos novos para compra de casa para os quais se deve prestar todas as informações.

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