BPI soma lucro de 365 milhões de euros em 2022

Os lucros consolidados do BPI ascenderam a 365 milhões de euros em 2022, mais 19% do que em 2021. A atividade em Portugal gerou ganhos de 235 milhões de euros
Os lucros consolidados do BPI ascenderam a 365 milhões de euros em 2022, mais 19% do que em 2021. A atividade em Portugal gerou ganhos de 235 milhões de euros
Os lucros do BPI em 2022 subiram em termos consolidados e também na atividade em Portugal. João Pedro Oliveira e Costa, presidente do BPI, afirmou na apresentação de resultados anuais, que os resultados são sólidos e sustentáveis.
Em Portugal os resultados cresceram 31% face a 2021.
Para os resultados consolidados do BPI, a participação do banco em Angola (BFA) contribuiu com 96 milhões e a posição do banco em Moçambique (BCI) gerou 34 milhões de euros, em 2022.
Em Portugal a atividade gerou um lucro de 235 milhões de euros. Para o presidente executivo do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, o ano 2022 foi positivo, com “forte dinamismo comercial que nos permitiu melhorar a rentabilidade e manter uma posição financeira confortável". Oliveira e Costa afirmou ainda que o balanço do banco “é equilibrado” e que se “cumpriu metade do objetivo do plano”.
O crédito concedido ascendeu a 29 mil milhões de euros, com especial destaque para o aumento de 8% no crédito à habitação, apesar de Oliveira e Costa afirmar que haverá em 2023 uma desaceleração.
O crédito concedido às empresas cresceu 4%.
No que diz respeito aos depósitos, cresceram 5% para 30 mil milhões de euros, mas em termos de recursos totais caíram 0,6 pontos percentuais para 40 mil milhões de euros. Isso deveu-se a uma queda de 15% nos recursos fora do balanço, sobretudo fundos de investimento, devido a uma evolução desfavorável dos mercados de capitais.
Para o BPI os depósitos de clientes representam 79% do ativo e constituem por isso “a principal fonte de financiamento do balanço”.
O BPI manteve um saldo acumulado de 50 milhões de euros de imparidades não alocadas, por cautela, referiu o presidente executivo.
A margem financeira do banco cresceu 20% para 548 milhões de euros.
As comissões líquidas em 2022 aumentaram 3% para 296 milhões de euros, com destaque para as contas associadas (17%), crédito (6%) e intermediação de seguros (4%). Em sentido contrário verificou-se um decréscimo de 5% nos fundos e seguros de capitalização.
A fatura com os custos regulamentares - contribuições para o Adicional de Solidariedade sobre o sector bancário, os fundos de Resolução nacional e europeu e a contribuição sobre o sector bancário - ascendeu a 48,3 milhões de euros, ou seja mais 16% face a 2021.
Oliveira e Costa afirmou na conferência de apresentação de contas que com todo o respeito que lhe merecem os sindicatos irá “fazer o seu caminho”, e com isso quer dizer que o BPI se adiantou a aumentar os salários em 4% para não deixar os trabalhadores à espera das negociações que demoram sempre tempo.
Não adianta qual o aumento da massa salarial para 2023 mas diz que vai “subir de forma significativa as pessoas com menor salário”.
Mais refere que teve “pena” de “não poder (nas negociações com os sindicatos) ser mais expedito e resolver o problema das pessoas”.
Recorda que o BPI foi o primeiro banco a avançar com 4% de aumento e que vai continuar a resolver os problemas que possam surgir, porque diz: "a minha preocupação são as pessoas que trabalham no BPI".
Mas não avança se há margem para ir além dos 4% nem diz qual vai ser o aumento da massa salarial para 2023. Em 2022 com os apoios por causa da inflação e aumentos de salários mais baixos, a massa salarial aumentou 7%. Em alguns casos nos níveis mais baixos de remuneração, os salários subiram 20%, sublinha o presidente do BPI.
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