11 dezembro 2012 9:18
Ministros da Economia de Portugal, Espanha, Alemanha, França e Itália acabam de assinar uma carta para relançar o crescimento económico baseado na reindustrialização da Europa.
11 dezembro 2012 9:18
Os ministros da Economia de Portugal, Espanha, Alemanha, França e Itália, "assinaram hoje em Bruxelas uma carta por uma agenda para o crescimento baseada na reindustrialização da Europa", disse ao Expresso Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia.
A carta, que acaba por se basear na estratégia de reindustrialização que o ministro da Economia vinha defendendo para Portugal, foi agora publicada no "Wall Street Journal".
O documento, intitulado "Uma nova política industrial para a Europa", recorda que a Europa ainda é uma potência industrial mas que, nos últimos quatro anos perdeu três milhões de empregos neste sector da atividade económica. Para além disso a produção industrial caiu 10%.
Os ministros da Economia signatários do documento dizem ainda que "o nosso sucesso futuro depende de um modelo de crescimento forte, diversificado e sustentável, em que a indústria tem um papel fundamental, sendo uma importante fonte de criação de emprego, investimento, inovação e capital humano". E referem ainda que "uma base industrial forte renovada e modernizada permitirá a recuperação da economia real e, dessa forma, liderar a recuperação da Europa".
Recorde-se que o ministro da Economia Álvaro Santos Pereira, elegeu como bandeira da sua estratégia política a reindustrialização e, nas últimas semanas, em conjunto com o seu colega espanhol, José Manuel Soria (que tem a pasta da indústria e energia), tem tido reuniões sucessivas em Bruxelas com outros dirigentes sectoriais, com o objetivo de alargar este esforço de recuperação económica a toda a Europa.
Ao Expresso, Santos Pereira disse que "se é verdade que durante muitos anos o país não teve um modelo económico, agora já temos e estamos a pô-lo em prática. Chama-se reindustrializar, criar novos centros de competência e de excelência empresarial, apostar no ensino técnico profissional, onde já estão 30 mil alunos a estagiar em 700 empresas, dinamizar o sector mineiro e extrativo e fazer crescer todo o sector exportador".
O ministro conseguiu agora reunir dirigentes de outros quatro países em torno desta estratégia.
Uma das medidas fiscais defendidas por Álvaro Santos Pereira tem a ver com a criação de uma taxa reduzida de IRC de 10%, para assim atrair mais investimento.