Automóveis

Manheim promove maior leilão de usados de sempre

20 janeiro 2009 17:23

Alexandre Coutinho

No maior leilão de sempre, a Manheim Portugal vendeu 35% dos 800 lotes de viaturas usadas, distribuídas em simultâneo por três pistas de licitação, ao ritmo de 30 segundos por viatura.

20 janeiro 2009 17:23

Alexandre Coutinho

Mais de um terço (35%) dos 800 veículos usados levados à praça pela Manheim Portugal foram licitados, o que correspondeu a um volume superior à média (30%) dos leilões realizados por esta empresa, nos últimos dois anos. "Se não sentisse que havia procura, não colocava tantas viaturas à venda", revelou ao Expresso Nuno Castelo Branco, director-geral da Manheim Portugal.

Para o mesmo responsável, a realização deste leilão justifica-se "pelo movimento de contra-ciclo, face à crise, que o mercado de usados está a viver. De facto, a actual crise e o significativo aumentos dos impostos sobre os automóveis novos está a favorecer claramente o mercado de usados, gerando oportunidades tanto do lado da oferta como da procura".

"Do lado da oferta, o número de viaturas que surgem no mercado de usados por recuperação de crédito aumentou significativamente", sublinha Nuno Castelo Branco. Do lado da procura, acorreram ao centro de leilões da Manheim Portugal, junto ao MARL (Mercado Abastecedor da Região de Lisboa), cerca de 400 comerciantes compradores.

Reflexo da crise, apenas os veículos levados à praça por um preço-base inferior a 25 mil euros - sobretudo das marcas Renault, Peugeot, Opel, Seat e Volkswagen, dos segmentos B e C - encontraram comprador, levando à retirada dos chamados topo de gama BMW e Audi.

No segundo ano de actividade, a Manheim Portugal (uma empresa que resulta de uma parceria entre o grupo SAG e a Manheim) movimentou 120 milhões de euros, correspondentes a 12 mil viaturas transaccionadas. A empresa realiza dois leilões por semana, em Lisboa (terça-feira) e no Porto (quinta-feira) e, ainda, três leilões na Internet, onde os particulares podem colocar as suas viaturas à venda. No entanto, apenas os comerciantes têm acesso aos leilões. "Temos recebido pedidos para abrir os leilões aos particulares, mas não é essa a minha decisão estratégica. O tempo de venda de cada veículo é de 30 segundos, o que só está ao alcance dos profissionais", justifica Nuno Castelo Branco.