17 março 2011 10:08
Juros médios da dívida portuguesa a 10 anos caem no mercado secundário, enquanto as taxas associadas à dívida a 5 anos sobem em relação à sessão anterior.
17 março 2011 10:08
Hoje foi divulgado que o Governo vai apresentar um 'superavit' histórico de 836 milhões de euros na sua execução orçamental de fevereiro, que será conhecida a 21 de março, disse à Lusa fonte governamental.
Segundo dados do Governo a que a Lusa teve acesso, a despesa do Estado desceu mais de três por cento e a receita fiscal subiu 11,1 por cento.
Às 09:20, a yield (remuneração que o investidor diz que aceita para deter dívida) exigida relativa às obrigações portuguesas a dez
anos fixava-se nos 7,49 por cento, de acordo com os dados da agência financeira Bloomberg.
Já a taxa genérica (média entre todos os preços indicados pelas instituições que disponibilizam dados a esta agência noticiosa) paraa maturidade a dez anos situava-se nos 7,494 por cento, abaixo dos 7,504 por cento da sessão anterior.
Segunda sessão a cair
Esta é a segunda sessão consecutiva em que os juros a dez anos estão a cair. Os juros associados à dívida a dez anos atingiram o máximo histórico desde, pelo menos, a entrada de Portugal no euro (1999) a 09 de
março, quando a se situaram em média nos 7,629 por cento.
Já o 'spread' face aos títulos de dívida alemã (referencial para a Europa), ou seja, o prémio pedido pelos investidores para comprarem obrigações portuguesas em vez de alemãs, este situava-se nos 437,2 pontos base.
Na maturidade a cinco anos, a yield exigida negociava nos 7,89 por cento, com o 'spread' face à referencial alemã a posicionar-se nos 553,3 pontos base.
A taxa genérica calculada para a linha viva de obrigações com maturidade a cinco anos mantém-se alta, ao negociar nos 7,892 por cento, acima dos 7,833 por cento da sessão anterior. Para este prazo, o recorde foi atingido a 11 de março, quando a taxa média do dia fechou nos 7,987 por cento.
A agência de notação financeira Moody's cortou na terça-feira o 'rating' da dívida de longo-prazo de Portugal em dois níveis, para A3, justificando com as débeis perspetivas de crescimento económico e ganhos de produtividade.
No dia seguinte, o Tesouro português voltou ao mercado e colocou mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a um ano, a uma taxa de juro média de 4,331 por cento, acima da cobrada na última operação com maturidade semelhante (4,057 por cento).