Preços na produção industrial caem em abril com queda dos preços da energia
A diminuição dos preços da energia em abril fez com que índice de preços na produção industrial apresentasse uma variação negativa, depois de meses de forte inflação
A diminuição dos preços da energia em abril fez com que índice de preços na produção industrial apresentasse uma variação negativa, depois de meses de forte inflação
Jornalista
Os preços na produção industrial caíram em abril face ao mesmo mês do ano passado principalmente devido à queda dos preços na produção de energia. O Instituto Nacional de Estatística (INE) reporta esta quinta-feira, 18 de maio, uma variação homóloga de -0,9% em abril, depois de um mês antes os preços na indústria ainda terem acelerado 0,1%.
Porém, sem a indústria energética, os preços na produção industrial continuaram a subir, mas menos. Em abril, os preços na indústria aumentaram 4,7% face a há um ano, mas abrandaram em relação à variação homóloga de março, de 8,1%.
Para a queda do índice geral contribuíram os preços do agrupamento de energia, que caíram, em abril, 17,9% face ao mês homólogo. Mas não foi o único agrupamento a ajudar: o agrupamento dos bens intermédios abrandou o ritmo de crescimento dos preços para os 1,6% em abril, depois de 6,9% em março.
Sem o agrupamento da energia, os preços na indústria aceleraram 4,7% em abril, abrandando em relação aos 8,1% em março. E sem os agrupamentos de bens intermédios e de energia, o índice de preços na indústria cresceu, em abril, 7,7%, também abrandando na comparação com os 9,2% de março.
Mais detalhadamente, o índice de preços nas indústrias transformadoras aumentou, em abril, 2,9% relativamente ao mês homólogo, quando em março a variação tinha sido de 7%. Já na secção de eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio, registou-se uma queda homóloga de 34,3%, detalha o INE.
No que toca à variação em cadeia, esta foi de -1,1% em abril, “sendo de destacar a influência do agrupamento de energia, com uma taxa de variação de -3,5% (-7,7% em abril de 2022)”, indica o INE.
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