Economia

Google volta a contratar na China

25 fevereiro 2010 11:18

Carlos Afonso Monteiro (www.expresso.pt)

A Google está confiante quanto à sua permanência na China e já recruta colaboradores para diversas áreas.

25 fevereiro 2010 11:18

Carlos Afonso Monteiro (www.expresso.pt)

A situação entre a Google e o governo chinês está em situação de impasse há mais de um mês, desde que a gigante da Internet afirmou em Janeiro que ia deixar de censurar os resultados das suas pesquisas na China, na sequência de um ataque informático altamente sofisticado que visava aceder a contas de Gmail de certos activistas chineses.

A consequência dessa acção poderia ser a retirada da Google do mercado chinês de Internet, o maior em número de utilizadores (300 milhões) e o único onde a gigante da Internet não é líder.

Sinais de esperança

Mas agora surgem sinais de que a Google possa vir a permanecer na China. A empresa está a contratar colaboradores para mais de 30 postos na China, segundo um artigo da BusinessWeek, que afirma que a Google procura engenheiros e gestores assim como trabalhadores para o departamento de vendas.

Após uma pausa associada ao Ano Novo chinês, a Google anunciou esta semana que vai retomar as negociações com o governo chinês. Foi introduzido recentemente pela empresa um serviço de mensagens para o Ano Novo chinês, e a vida nos escritórios chineses da gigante da Internet parece ter regressado à normalidade.

Após ter inicialmente perdido receitas para o seu maior rival chinês, o motor de busca Baidu, a Google vê agora regressar lentamente os interessados em comprar publicidade, um sinal de que as empresas vislumbram um futuro para a empresa na China.

Recentemente um dos fundadores da Google, Sergey Brin, havia mencionado numa conferência em Long Beach que estava "sempre optimista" quanto a esta matéria, se bem que não sabia se a Google teria de sacrificar certas exigências de forma a permanecer na China.

Escolas chinesas ligadas aos ataques

Os ataques informáticos que afectaram a Google foram analisados e segundo o New York Times as conclusões ligam-nos à  universidade Shangai Jiaotong e à Escola Vocacional de Lianxiang, na província oriental de Shandong.

O governo chinês afirmou que não esteve envolvido  e afirma que ele próprio foi vítima desse tipo de ataques cibernéticos. Qin Gang, um porta-voz do ministério estrangeiro chinês, disse que estas alegações não tinham "qualquer fundamento".