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Prato principal: investir em índices acionistas

28 março 2012 10:08

Diogo Justino (Millennium bcp)

A decisão de investimento passa pela escolha das ações em que investir. Mas e se quisermos rapidamente investir num mercado em que não conhecemos a fundo as empresas? Uma solução passa por investir em instrumentos que seguem índices acionistas.

28 março 2012 10:08

Diogo Justino (Millennium bcp)

Muitos investidores não dispõem do tempo ou das ferramentas necessárias para escolher as ações que vão comprar para a sua carteira. A tarefa complica-se quando vivemos num mundo global, com diferentes mercados e geografias onde investir. Por vezes, a informação relativa às empresas é de difícil acesso, está em língua estrangeira ou dispersa por vários locais, sendo os terminais de informação profissionais normalmente dispendiosos e, por isso, não acessíveis ao comum dos investidores.

No entanto, as bolsas dos diversos mercados têm por norma um ou mais índices que as representam. Um índice acionista é uma média ponderada do valor das empresas que negoceiam em determinada bolsa, sendo por isso um indicador natural do estado de saúde da economia local ou, pelo menos, das suas empresas. É comum lermos que o índice PSI20 subiu ou desceu 1%, querendo isto dizer que em média, as 20 empresas portuguesas que fazem parte do índice ganharam ou perderam valor em bolsa. O índice, por conter um conjunto diversificado de empresas, representa o mercado e por isso o seu risco é inferior ao do investimento numa ação concreta, que para além de ter risco de mercado tem também o seu próprio risco específico.

Investir ao sabor de um mercado

Existem hoje instrumentos financeiros que permitem o investimento na bolsa de um país através de uma simples ordem de bolsa. Estão admitidos à negociação diversos Certificados e ETF, fundos de investimento cotados em bolsa, que se limitam a seguir de perto um índice acionista ao qual estão indexados. Ou seja, se o índice de referência ao instrumento subir 1%, o instrumento também subirá 1%. Se, por outro lado, o índice cair 1%, o instrumento também desvalorizará 1%.

A oferta destes produtos é vasta. Desde mercados desenvolvidos como o americano, representado por índices como o S&P500 e o Dow Jones Industrial, ao mercado europeu onde se destaca o EURO STOXX 50 e outros índices como o português PSI20, o alemão DAX e o francês CAC, até ao outro lado do globo, onde o índice Nikkei representa o mercado japonês. E como seria complicado investir em empresas de países emergentes se não existissem índices como o MSCI Emerging Markets.

Para os investidores, as vantagens são várias. Através de uma simples ordem de bolsa conseguem comprar um título diversificado, que representa um mercado, e facilmente acompanham o valor da seu investimento, bastando seguir a evolução dos principais índices mundiais que é divulgada em diversos meios. Saliente-se também que, normalmente, a estes produtos está associada uma estrutura de comissionamento mais baixa do que comprar várias ações desse mercado ou subscrever fundos de investimento.

O investimento em índices, devido à sua diversificação característica, deve ser a maior componente da carteira, assumindo assim estes produtos o papel principal do menu de investimentos.

O Global Investment Challenge (GIC) também está presente no Facebook. Na página desta popular rede social qualquer um pode ser fã deste jogo de bolsa. Clique para visitar.