Cresce a polémica em torno do parecer da Comissão de Auditoria e Controlo (CAC) do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) que permitiu a Portugal receber o mais recente cheque da ‘bazuca’ europeia no montante de 1,8 mil milhões de euros.
Esta sexta-feira, o Jornal de Notícias (JN) avançava que o Ministério das Finanças escondeu, durante cinco meses, o parecer datado de setembro de 2022 que apontava várias falhas ao controlo interno destes fundos, desde riscos de conflito de interesses a duplo financiamento. Só depois de uma sentença do tribunal é que o parecer foi revelado no final de fevereiro de 2023, já Portugal recebera o cheque do PRR.
O presidente da CAC, a quem cabe emitir o parecer prévio sobre todos os pedidos de pagamento de Portugal à Comissão Europeia, é o inspetor-geral das Finanças, António Ferreira dos Santos.
Ora, em setembro de 2022, nas vésperas desse pedido de pagamento à ‘bazuca’ europeia, o próprio António Ferreira dos Santos - que preside à CAC e à Inspeção-Geral de Finanças (IGF) - assumiu publicamente ter alterado um parágrafo do parecer. E explicou que o fez no seu próprio carro, na estrada, em plena viagem para o Norte.
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