A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (Anarec) está “surpreendida” e mostra-se contra a proposta do Governo de proibir a venda de tabaco nas bombas de gasolina, uma medida que considera “desigual e discriminatória”, apesar de ser de “extrema importância a promoção da saúde a proteção da população à exposição ao fumo ambiental do tabaco”.
“A direção da Anarec foi hoje surpreendida com a informação de que o Conselho de Ministros pretende aprovar uma proposta de lei que estende a proibição de venda de tabaco aos postos de abastecimento de combustíveis”, lê-se na nota divulgada esta quarta-feira.
Apesar de notar a importância da saúde, a Anarec não considera que “o caminho se faça pela restrição dos pontos de venda de tabaco”. Considera, aliás, que esta medida “revela-se desigual e discriminatória, favorecendo e incrementando as receitas e as vendas de um escasso grupo de comercializadores, em detrimento e prejuízo de outros”, como o caso dos postos de abastecimento de combustíveis, que a associação representa.
“Não podemos ignorar que as vendas de tabaco movimentam valores ainda muito significativos, e têm associadas outras vendas, que, no caso dos postos de abastecimento e respetivas lojas de conveniência, assumem um peso significativo no volume de negócios das micro e pequenas empresas que os exploram”, explica a Anarec, que considera que o tabaco vai continuar a ser vendido na mesma.
Por isso, apela ao Governo que “recue no âmbito de abrangência da proibição de venda de tabaco nos postos de abastecimento de combustíveis, setor que tem sofrido tamanha ingerência e intervenção nos últimos anos”.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: rrrosa@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes