Os lucros da Navigator cresceram 41,7% no primeiro trimestre, para 71,7 milhões de euros, atingindo assim o melhor resultado de sempre nesse período, revelou esta quarta-feira a empresa, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
As vendas totais da papeleira subiram 1,8% em termos homólogos, para os 501,2 milhões de euros, com as vendas de papel a representar cerca de 64% do volume de negócios.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu 7,5%, para 130,7 milhões de euros.
A dívida líquida da Navigator no final de março era de 351,4 milhões de euros, menos 166,5 milhões do que em março do ano passado.
Na sua análise ao desempenho no primeiro trimestre a empresa portuguesa nota que, nos três primeiros meses do ano, houve uma “redução expressiva dos preços da pasta, vindos de máximos históricos” e houve uma redução na procura. Contudo, “o papel de impressão e escrita continua a ser o mais resiliente”.
Relativamente ao segmento de tissue (lenços de papel e papel higiénico), a procura “mostrou-se extraordinariamente resiliente a nível global, permitindo um bom desempenho das vendas de produto acabado, que beneficiaram de um nível favorável de preços registando um crescimento de cerca de 27% face ao período homólogo”.
A empresa indica ainda que “apesar do atual contexto político-económico muito imprevisível, marcado pela desaceleração das economias, pela inflação e pelo prolongar da guerra na Ucrânia”, mantém o seu plano de “diversificação e de desenvolvimento de produtos, nomeadamente nos segmentos de tissue e packaging [embalagem]”. Neste contexto, a Navigator investiu, entre janeiro e março, 42 milhões de euros (o que compara com 15 milhões no mesmo período de 2022), dos quais cerca de 15,1 milhões de euros “classificados como investimentos em ambiente ou de cariz sustentável, o que representa 36% do investimento total”.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: rrrosa@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes