Lucro da Heineken perde gás no primeiro trimestre
Apesar do aumento dos preços, a quebra no consumo em quase todas as regiões globais fez com que o lucro da cervejeira neerlandesa recuasse ligeiramente nos primeiros três meses do ano
Apesar do aumento dos preços, a quebra no consumo em quase todas as regiões globais fez com que o lucro da cervejeira neerlandesa recuasse ligeiramente nos primeiros três meses do ano
O lucro da Heineken caiu 3,4% no primeiro trimestre de 2023 para os 403 milhões de euros, face aos 417 milhões de euros registados há um ano, anunciou a produtora de bebidas neerlandesa esta quarta-feira, 19 de abril, ao mercado.
As receitas cresceram 9,2% para os 7632 milhões de euros, impulsionadas principalmente pelo aumento dos preços (numa média global de 12,1%) e de efeitos cambiais positivos de 104 milhões de euros.
O volume de cerveja comercializada caiu 3% para os 54,8 milhões de hectolitros, com todas as regiões globais - excepto as Américas, com um aumento de 3,4% - a reportarem quebras no consumo. Na Europa Ocidental e Central, o recuo foi de 2,3%; em África, Médio Oriente, e Europa do Leste, a quebra foi de 8,3%. Na região da Ásia-Pacífico, consumiram-se menos 10,5%.
“Iremos continuar a experienciar os efeitos de uma economia global volátil e continuar cautelosos em relação ao impacto que isto tem na procura pelos consumidores (…), Desde o início do ano que vemos sinais de uma Europa relativamente resiliente e riscos de um crescimento económico mais lento na Ásia Pacífico, pelo que o desempenho real nos mercados globais pode ser diferente do previsto”, antecipa a empresa no comunicado ao mercado.
Feitas as contas, “a nossa previsão para a totalidade do ano mantém-se inalterada”, prevendo que o resultado operacional cresça organicamente a um ritmo entre os 5% e os 9% e que o crescimento dos resultados operacionais se verifique “principalmente, se não totalmente, na segunda metade do ano".
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