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Multinacionais representaram mais de 80% do valor acrescentado bruto em 2021

Multinacionais representaram mais de 80% do valor acrescentado bruto em 2021
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As multinacionais concentravam mais de 70% do pessoal ao serviço, 83,3% do volume de negócios e 83% do VAB, segundo os dados do INE. Também pagam melhor

As mais de 39 mil empresas portuguesas que pertencem a um grupo representavam, em 2021, apenas 8,2% do total de sociedades, mas concentravam 41% do pessoal ao serviço, 62,9% do volume de negócios, 59,1% do valor acrescentado bruto (VAB) e 65% do excedente bruto de exploração (EBE), mostram os dados do INE (Instituto Nacional de Estatística), divulgados esta terça-feira. Multinacionais representam a grande fatia em todos os indicadores e pagam melhor.

Face ao ano anterior, 2020, houve um recuo em todos os sentidos. Nesse ano, estas empresas representavam 8,5% do total de sociedades, concentrando 41,8% do pessoal, 63,7% do volume de negócios, 60,5% do VAB e 68,3% do EBE. Porém, face a 2019, o último ano antes da pandemia de covid-19, “o número de sociedades pertencentes a um grupo cresceu 3,9%, o volume de negócios, o VAB e o EBE aumentaram 1,9%, 2,1% e 1%, respetivamente, enquanto o pessoal ao serviço diminuiu 0,2%”.

Das 39.267 empresas pertencentes a um grupo em Portugal em 2021, 18,7 mil pertenciam a multinacionais. Destas, mais de 10 mil eram multinacionais estrangeiras. De notar que os grupos multinacionais “representavam 75,4% do pessoal ao serviço, 83,3% do volume de negócios e 83% do VAB”.

O setor dos serviços financeiros era, no ano em análise, aquele onde a fatia das empresas que pertenciam a um grupo era maior (29,4%), seguindo-se os setores da informação e comunicação (12%) e indústria e energia (11,4%). Por

De acordo com o gabinete estatístico as empresas pertencentes a grupos destes três setores concentravam, em 2021, 83,3%, 77,1% e 65,4% do VAB gerado pelos respetivos setores.

Por sua vez, o setor dos transportes e armazenagem concentrou a menor proporção de sociedades (4,8%).

O INE refere também que a produtividade aparente do trabalho das sociedades pertencentes a um grupo foi superior à registada pelas restantes sociedades: 48,2 mil euros face a 24,1 mil euros.

A nível de remuneração, em 2021 “as sociedades integradas em grupos pagavam, em média, mais 7039 euros de remuneração anual que as restantes sociedades”. A diferença é ainda maior nas multinacionais: mais 8,5 mil euros nas multinacionais estrangeiras e mais 8,1 mil euros nas multinacionais portuguesas.

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