EY despede 3000 trabalhadores nos Estados Unidos

A consultora de gestão anunciou que irá prescindir dos serviços de 5% da sua força de trabalho norte-americana
A consultora de gestão EY anunciou o despedimento de 5% do quadro de pessoal nos Estados Unidos. Ao todo, são cerca de 3000 trabalhadores, numa altura de abrandamento do investimento em tecnologia, e do número de fusões e aquisições, face à atividade durante a pandemia.
“Depois de avaliar o impacto das condições económicas atuais, fortes taxas de retenção de funcionários e sobrecapacidade em partes da nossa empresa, tomámos uma difícil decisão de negócio de dispensar aproximadamente 3000 trabalhadores nos EUA (…) estas medidas fazem parte da gestão corrente do negócio e não são resultado da recente revisão estratégica, conhecida como ”Project Everest"", disse um porta-voz da consultora citado pelo Financial Times, aludindo ao plano para separar as unidades de auditoria e de consultoria com o mencionado nome de código, que acabou por não se concretizar.
O projeto de separar as duas áreas de atividade acabaria por falhar com a oposição de vários executivos nos EUA.
Segundo o jornal britânico, a maioria dos despedimentos ocorrerá no segmento de consultoria.
A EY não é a única entre as grandes auditoras globais a dispensar trabalhadores, com a KPMG a despedir 2% do quadro de pessoal nos EUA. Já a Accenture quer despedir 2,6%, e a McKinsey 3%, a nível global, segundo o Financial Times.
O despedimentos nas empresas de auditoria e consultoria conhecidas como Big Four ocorrem numa altura de abrandamento face à frenética atividade durante a pandemia, altura em que estas empresas foram solicitadas para vários projetos de investimento e de fusões e de aquisições.
A EY, recentemente envolvida no escândalo Wirecard, fintech alemã que falsificou contas e que acabou por declarar insolvência, foi multada na Alemanha em 500 mil euros e impedida de realizar auditorias a empresas cotadas durante dois anos.
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