Governo italiano quer limitar influência chinesa na Pirelli

Roma não quer que os maiores acionistas da Pirelli, o grupo estatal chinês Sinochem, tenham acesso a informação sensível, avança a Bloomberg
O Governo italiano está a estudar formas de limitar a influência chinesa na produtora de pneus Pirelli, detida a 37% pelo conglomerado estatal chinês Sinochem, avançam fontes à Bloomberg.
De acordo com a agência, em notícia publicada esta quarta-feira, 5 de abril, está em cima da mesa a possibilidade de limitar a partilha de informação tecnológica relevante com os membros do conselho de administração representantes da Sinochem, ou limitar os seus direitos de voto.
As medidas enquadram-se no esforço dos países ocidentais, liderados pelos EUA, de evitar a transferência de conhecimento e de poder tecnológico para a China.
Para evitar um conflito diplomático com Pequim, Roma deverá alargar estas medidas a vários países com os quais considera não ter uma parceria estratégica.
Itália assinou um memorando de entendimento com o governo chinês que integra o país nos investimentos da chamada Nova Rota da Seda, num acordo que se renovará automaticamente em 2024, segundo a Bloomberg.
O governo italiano, a Pirelli, e a Sinochem não quiseram fazer comentários à agência.
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