A BioNTech, empresa alemã de biotecnologia parceira da Pfizer na concepção da vacina da covid-19, anunciou que a quebra das receitas prevista para 2023 deverá ser pior do que o esperado, segundo o Financial Times desta segunda-feira, 27 de março, devido à redução da procura por mais imunização.
As receitas provenientes da vacina da covid-19 vão cair para os 5 mil milhões de euros este ano, abaixo das previsões dos analistas ouvidos pela Bloomberg, e citados pelo jornal britânico, que apontavam para 8 mil milhões de euros em receitas com a venda desta vacina.
Em 2021, a BioNTech, responsável pela criação da vacina da covid-19 mais vendida de todas as que chegaram ao mercado, fechou o ano com 19 mil milhões de euros em receitas totais, ao passo que no ano seguinte as vendas foram de 17 mil milhões de euros.
Encaixes substanciais que estão a ser usados atualmente pela BioNTech em diversificação face ao seu maior produto, investindo em investigação na área oncológica e na compra de empresas para a criação de novos tratamentos.
A BioNTech estima “menos vacinações primárias e menores níveis de reforços nas populações”, mitigadas pela procura de injeções que protejam contra novas variantes do coronavírus.
O Financial Times sublinha que outras empresas responsáveis por vacinas com base na mesma tecnologia, o ARN mensageiro, como a Moderna e a Novavax estão a registar quebras semelhantes nas vendas. E que, segundo a estimativa da consultora Airfinity, este ano serão dadas 1,6 mil milhões de doses de vacinas à covid-19, face a 3 mil milhões e 5,7 mil milhões de injeções em 2022 e 2021, respetivamente. Uma redução que não vai ser compensada pela subida dos preços.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: piquete@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes