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Portuguesa Coverflex capta 15 milhões de euros para desenvolver novas funcionalidades e apostar nos mercados externos

A equipa de fundadores da Coverflex.
A equipa de fundadores da Coverflex.

A Coverflex captou 15 milhões de euros numa nova ronda de investimento. A verba já tem destino definido: financiará a entrada em Itália e a criação de uma nova funcionalidade, a flexibilização do pagamento do salário

A portuguesa Coverflex, empresa que desenvolveu uma plataforma de compensações extra-salário, como os subsídios de alimentação ou outros benefícios sociais, captou 15 milhões de euros numa ronda de investimento de série A, dinheiro que servirá para desenvolver novas funcionalidades e expandir-se na Europa.

A ronda de investimento foi liderada pela SCOR Ventures, mas contou ainda com os investidores Breega (que liderou uma das primeiras rondas de financiamento da empresa), MS&AD, Armilar, Stableton, BiG Start Ventures e Shilling, assim como alguns business angels, inclusive os presidentes executivos da Remote (cliente da empresa) e da Feedzai.

A Coverflex é uma empresa que agrega numa só plataforma a gestão do seguro de saúde, subsídio de alimentação e benefícios sociais (como o ‘vale infância’, que permite o pagamento da creche, por exemplo). Os trabalhadores das empresas clientes da Coverflex “têm acesso a um cartão físico da rede Visa, cada colaborador recebe uma bolsa e as pessoas podem consumir esses valores naquilo que precisam”, explicou o presidente executivo (CEO) da Coverflex, Miguel Santo Amaro, ao Expresso.

Mas a empresa quer ir mais além. Segundo revelou o CEO, a Coverflex “eventualmente” quer ter não só estes subsídios, mas também o próprio salário disponível através da sua solução. E, durante 2023, vai “lançar uma nova funcionalidade, na lógica de flexibilizar o salário”.

Isto significa que, em vez de se receber só no final do mês, o trabalhador poderia ter acesso ao salário dos dias já trabalhados.

Além do mais, quando a empresa entrar no processamento dos salários, quer dar “mais métricas [aos trabalhadores], como quanto as empresas estão a pagar [em média] por funções semelhantes”.

Assim, dos 15 milhões de euros, um terço do valor será destinado a produtos e tecnologia, o que inclui estas novas funcionalidades. Outro terço será ainda destinado a marketing e vendas para promover a marca e atrair novos clientes.

O terço que sobra destina-se à sua expansão na Europa. Já esta semana a Coverflex chegou a Itália, “o mercado mais lucrativo para a Edenred [empresa com cartão refeição] a nível mundial”.

Em terras italianas a Coverflex procura “revolucionar” o mercado de vales refeição e benefícios sociais e trabalhará dentro dos mesmos moldes que em Portugal. Mas em Itália o objetivo é mesmo lançar a plataforma com taxas comerciais baixas e sustentáveis para bares, supermercados e restaurantes.

“Em Itália, a taxa de cada transação pode chegar aos 20%, o que representa a taxa mais alta da Europa para este tipo de mercado. Os atuais fornecedores cobram comissões elevadas e pagam apenas ao fim de 60 a 90 dias, o que leva a que os restaurantes e os supermercados acabem por não aderir ao sistema”, disse, citada em comunicado, Chiara Bassi, coordenadora do negócio no mercado italiano na Coverflex.

Adicionalmente, Miguel Santo Amaro revelou que pretende ainda expandir-se para Espanha.

A Coverflex já chegou a 3600 empresas e a mais de 70 mil utilizadores. Em 2023, segundo o CEO, pretende chegar a mais de 8000 empresas e a mais de 150 mil utilizadores.

Ao longo de 2022 a Coverflex processou 80 milhões de euros, e a empresa pretende este ano atingir os 250 milhões. A nível de faturação, pretende chegar aos 10 milhões em 2023.

Adicionalmente, a empresa, que conta com cerca de 100 pessoas na equipa, tem de momento 50 posições em aberto, para preencher até ao final do ano.

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