Turismo

No seu melhor ano de sempre, grupo Pestana faturou €453 milhões em 2022, e prepara-se para abrir mais dois hotéis em Lisboa

A Madeira foi a região onde o Grupo Pestana atingiu o maior crescimento em 2022, passando a ter um peso de 34% nas receitas totais nacionais
A Madeira foi a região onde o Grupo Pestana atingiu o maior crescimento em 2022, passando a ter um peso de 34% nas receitas totais nacionais
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Maior grupo hoteleiro nacional teve faturação recorde no ano passado, mais 8% que no pré-pandemia, e o lucro passou pela primeira vez os 100 milhões de euros. “Foi o grande momento da retoma”, frisa o CEO, José Theotónio

O grupo Pestana teve “o melhor ano de sempre” em 2022, atingindo um volume de negócios de 453 milhões de euros, mais 8% que em 2019, o último ano pré-pandemia e que tinha sido recorde até à data, segundo foi avançado esta quarta-feira na apresentação de resultados do grupo hoteleiro. Em relação a 2021 o crescimento foi de cerca de 50%.

“Foi um ano muito importante para nós, em que o grupo Pestana fez 50 anos, e que marcou o momento da grande retoma. Em todos os aspetos financeiros, foi, sem dúvida, o melhor ano de sempre”, realçou o CEO (presidente executivo) do grupo Pestana, José Theotónio.

O resultado líquido consolidado do grupo Pestana atingiu 109,5 milhões de euros no ano passado, num aumento de 38% face aos lucros obtidos em 2019. Em 2021 o grupo Pestana tinha tido um lucro de 23 milhões de euros, depois de um prejuízo de 32 milhões em 2020.

Também os resultados operacionais (EBITDA) ascenderam a 200 miilhões de euros, mais 24% que no ano pré-pandemia.

“São resultados muitíssimo bons para o grupo”, realçou José Theotónio, enfatizando também que a dívida financeira do grupo, que era de 504,4 milhões de euros em 2019, baixou no ano passado para 383,3 milhões de euros, numa descida de 117 milhões de euros.

Em 2023, a previsão do grupo é a de aumentar a faturação em cerca de 10%, “se, apesar das incertezas, o ano continuar a correr bem para o turismo”, destacou o presidente executivo do grupo.

A Madeira foi a região nacional onde o grupo atingiu maior crescimento de resultados em 2022, passando a representar 34% da faturação total (em 2019 este peso era de 28%), seguindo-se o Algarve com 19%.

O grupo Pestana, que tem em Portugal cerca de 3 mil trabalhadores na hotelaria, diz ter pago ao seu pessoal 15,5 salários em 2022, cifrando-se as remunerações médias no ano passado em 1260 euros, segundo avançou José Theotónio - adiantando que o grupo este ano avançou aumentos salariais médios de 12% e irá distribuir cerca de 6 milhões de euros pelos trabalhadores, 50% dos quais já passaram para os funcionários em abril.

Abertura da Pousada em Alfama e hotel na Rua Augusta

Em 2023, o grupo Pestana prevê abrir mais dois hotéis, localizados em Lisboa: uma Pousada de Portugal em Alfama, que vai abrir oficialmente em maio, e um hotel na Baixa, na Rua Augusta, com abertura prevista para julho.

“Em 2022 abrimos apenas dois hotéis, no Douro e em Marraquexe (este último da marca CR7)”, referiu José Theotónio, lembrando que “este abrandamento se deveu à pandemia”. “Tínhamos um pipeline muito grande e abrimos 15 hotéis em 2020 e 2021, mas não andávamos à procura de novos hotéis. Agora é que estamos novamente a ir ao mercado e estudar oportunidades”, explicou o gestor.

O grupo Pestana anunciou recentemente que vai avançar com um novo hotel em Paris, a abrir em 2027, da marca CR7, em parceria com Cristiano Ronaldo e envolvendo investimentos de 60 milhões de euros, Atualmente em fase de licenciamento, o hotel na capital francesa ficará localizado na Rive Gauche, num bairro junto à Gare de Austerlitz que está a ser alvo de um grande projeto de renovação, terá 210 quartos e tem abertura prevista para 2027. Será o sexto hotel do grupo com a marca CR7, somando-se a unidades já abertas em Lisboa, no Funchal, em Madrid, Nova Iorque e Marraquexe.

“Era importante para nós como grupo sabermos se a marca CR7 funcionava bem lá fora, em cidades mais competitivas, e não só em Lisboa ou no Funchal, e está a ser um sucesso”, conclui o CEO do grupo Pestana.

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