Em janeiro, uma anomalia num foguetão impediu que a Virgin Orbit pudesse colocar nove satélites no espaço, tendo todos caído ao mar. Depois deste falhanço, e não tendo conseguido angariar financiamento para viabilizar as operações, a Virgin Orbit declarou falência esta terça-feira, 4 de abril.
O próximo passo é recuperar o máximo de dinheiro possível; e, por isso, a Virgin Orbit quer vender os ativos remanescentes ao melhor comprador. A empresa tinha, de acordo com dados da empresa referentes a setembro de 2022 citados pela Reuters, 243 milhões de dólares em ativos e uma dívida de 153,5 milhões de dólares.
Segundo a agência, este anúncio segue-se ao despedimento de cerca de 675 dos 750 funcionários na semana passada, ação que custou à empresa 15 milhões de dólares.
A financiar a Virgin Orbit - que nasceu em 2017 de uma cisão com a Virgin Galactic, empresa de turismo espacial - está o Virgin Group, de Richard Branson, que detém 75% da empresa. Segundo a Reuters, o magnata terá aplicado 50 milhões de dólares na Virgin Orbit entre novembro e março. Tendo falhado conversações com uma compra em vista, a empresa optou por pedir falência nos EUA.
Mais recentemente, investiu 10 milhões de dólares para financiar os despedimentos, aos quais acrescem agora mais 31,6 milhões de dólares necessários para garantir as operações após a falência.
A Virgin Orbit, que entrou em bolsa em 2021, perdeu quase 90% do seu valor de mercado desde o início do ano.
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