Esta segunda-feira, o governo da Coreia do Sul anunciou os princípios que devem guiar os seus cidadãos no mundo virtual do futuro: autenticidade, reciprocidade, autonomia, proteção de dados, justiça, respeito pela privacidade e inclusão. É um dos primeiros governos mundiais a definir regras basilares para o metaverso, o termo usado para descrever um mundo virtual – ou vários mundos virtuais – criado e vivido através de dispositivos tecnológicos.
Ao mesmo tempo que o primeiro rascunho do governo sul-coreano era publicado, acabava em Pequim a “World Metaverse Conference (WMC)”, um encontro de três dias onde os líderes chineses anunciaram um plano até 2024 para desenvolver a economia através da realidade virtual.
Ambas as iniciativas tentam acompanhar o grande investimento que tem sido feito nos últimos anos nesta tecnologia. Na semana passada, a empresa mãe do Facebook patrocinou o festival de televisão de Edimburgo, Escócia, e colocou à disposição dos participantes uma experiência de realidade virtual. “Experimentou o Metaverso esta noite e o que é que achou?”, perguntava à saída a empresa que mudou o seu nome para Meta em 2021 e está a investir mais de 10 mil milhões de dólares por ano no metaverso. Mark Zuckerberg garantiu há dias que o mundo virtual será “muito mais saudável” para todos nós.
Outros gigantes como Google, Amazon e Microsoft estão a fazer a mesma aposta. Segundo um estudo recente da consultora McKinsey, a replicação da realidade física por meios virtuais pode tornar-se num mercado de 4,77 mil milhões de euros de euros até 2030.
“A tecnologia pode tornar-se mainstream, mas não num futuro imediato. Creio que vai demorar pelo menos dez a 15 anos”, aponta ao Expresso Pin Lean Lau, jurista especializada em ciência e tecnologia e investigadora no Centro de Inteligência Artificial na Universidade de Brunel, Reino Unido, que se debruça sobre inovações sociais e digitais.
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