Energia

"Vossos lucros = Nossa pobreza": "Parar o Gás" protesta na central da Tapada do Outeiro

"Vossos lucros = Nossa pobreza": "Parar o Gás" protesta na central da Tapada do Outeiro

A plataforma “Parar o Gás” protestou na central da Tapada do Outeiro, no Porto, contra o aumento do custo de vida impulsionado pelos custos energéticos, e pela poluição deste modo de geração de eletricidade

A plataforma “Parar o Gás” fez este sábado, 25 de março, um protesto na Central de Ciclo Combinado da Tapada de Outeiro, no Porto, colocando duas faixas na torre em protesto contra o aumento do custo de vida originado pela subida dos custos da energia, e contra a poluição dos combustíveis fósseis.

As faixas colocadas, com as mensagens "Parar o gás" e "Vossos lucros = Nossa pobreza", foram colocadas por membros da plataforma numa das torres principais da central.

Na central da Tapada do Outeiro "é utilizado gás "natural", um combustível fóssil, para produzir eletricidade", sendo “urgente transitar de forma justa para a produção de eletricidade 100% proveniente de fontes de energia renovável”, defende a plataforma.

A central da Tapada do Outeiro, propriedade da Turbogás, detida pela energética francesa Engie e pela japonesa Marubeni, produz eletricidade desde a sua abertura, há 25 anos, através da queima de gás.

Em 2024 irá expirar a licença de produção de eletricidade da central, apesar do Governo já ter dito que pretende mantê-la a funcionar além de 2024. Num horizonte mais largo, perspetiva-se a conversão da central para a produção de hidrogénio.

"As empresas de combustíveis fósseis impedem esta transição, prendendo-nos ao gás fóssil, que agrava cada vez mais a crise climática. Além deste crime contra a sobrevivência de todas nós, estas empresas subiram o preço de gás o que se traduziu em lucros históricos que estão a ser pagos pelas pessoas. (…) Portanto, os acionistas enriquecem como nunca à custa do nosso empobrecimento. A energia é um bem essencial, não pode ser gerida pelo lucro", defende a “Parar o Gás”.

A plataforma convoca “a sociedade para, no dia 13 de maio, se juntarem a centenas de pessoas e travar o funcionamento da entrada principal de gás em Portugal - o terminal de gás no porto de Sines. A reivindicação é clara: eletricidade 100% renovável e acessível a todas as pessoas até 2025, em Portugal”.

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