A fabricante dinamarquesa de aerogeradores Vestas fechou 2022 com um prejuízo de 1,57 mil milhões de euros, que contrasta com o lucro de 143 milhões de euros registado no ano anterior, revelou a empresa esta quarta-feira.
Só no quarto trimestre as perdas da Vestas ascenderam a 541 milhões de euros (contra um lucro residual de 8 milhões de euros no mesmo período de 2021).
As receitas do conjunto do ano da Vestas desceram 7%, para 14,48 mil milhões de euros, enquanto as do quarto trimestre subiram 5%, para 4,78 mil milhões de euros.
Embora a entrada de novas encomendas no quarto trimestre tenha disparado 92%, para 4,8 mil milhões de euros, no conjunto do ano a Vestas contabilizou apenas um crescimento de 3% nas novas encomendas, para 11,9 mil milhões de euros.
E se contabilizada em megawatts (MW), a entrada de novas encomendas em 2022 até caiu 19%, para 11.189 MW, não obstante as novas encomendas do quarto trimestre terem crescido em termos homólogos 46%, para 4193 MW.
“A Vestas e a indústria eólica continuaram a ter um 2022 desafiante”, com o ano a ser marcado com “resultados financeiros insatisfatórios”, reconheceu o presidente da Vestas, Henrik Andersen.
O aumento dos custos de produção, a imparidade associada a alguns produtos e a necessidade de reforçar as provisões para garantias acabaram por penalizar os resultados da empresa dinamarquesa, chegando a margem EBIT (sobre o resultado operacional) a ser negativa em 8%.
A saída dos mercados da Rússia e da Ucrânia e os atrasos em vários projetos também contribuíram para a descida de receitas da Vestas no ano passado.
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