O resultado líquido ajustado da petrolífera BP em 2022 mais do que duplicou, passando de 12,8 para 27,6 mil milhões de dólares, ou de 11,9 para 25,6 mil milhões de euros ao câmbio atual.
Na apresentação de resultados divulgada esta terça-feira, a BP indicou que o lucro ajustado do quarto trimestre se cifrou em 4,8 mil milhões de dólares (quase 4,5 mil milhões de euros), menos 41% do que no terceiro trimestre, mas mais 18% do que no período homólogo de 2021.
Em termos contabilísticos, o resultado reportado pela BP traduziu-se, todavia, num prejuízo de 2,48 mil milhões de dólares em 2022, apesar de o quarto trimestre ter apresentado um resultado líquido positivo de 10,8 mil milhões de dólares.
Na sua mensagem sobre os resultados anuais, o presidente executivo da BP, Bernard Looney, sublinhou que a empresa conseguiu em 2022 “os custos de produção mais baixos em 16 anos, ajudando a gerar fortes retornos e a reduzir a dívida pelo 11º trimestre consecutivo”.
Em 2022 a BP aumentou o dividendo pago aos acionistas em 21% face ao que distribuía no quarto trimestre de 2021, além de ter anunciado recompras de ações no montante de 11 mil milhões de dólares, a par com uma redução de dívida de 9 mil milhões de dólares.
Os bons resultados da BP em 2022 confirmam a tendência que a indústria petrolífera global seguiu no ano passado, beneficiando de elevados preços do petróleo e gás e boas margens de refinação, no quadro das tensões provocadas pela guerra da Rússia na Ucrânia.
Na semana passada a Shell já tinha apresentado um lucro de quase 40 mil milhões de dólares, mais do dobro do registado no ano anterior.
A Galp Energia apresentará os seus resultados anuais e do quarto trimestre na próxima segunda-feira, 13 de fevereiro, sendo certo que o quarto trimestre voltou a beneficiar de uma subida nas margens de refinação, contrabalançada pelo registo de uma imparidade e uma provisão no grupo que no total irão penalizar as contas da Galp em 160 milhões de euros.
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