Energia

Regulador da energia aplicou coimas de 616 mil euros em 2022, mas cobrou pouco mais de metade

Regulador da energia aplicou coimas de 616 mil euros em 2022, mas cobrou pouco mais de metade
Foto Getty Images

A ERSE decidiu 34 processos de contraordenação em 2022, dos quais resultaram 13 condenações. As sanções mais elevadas foram para a Endesa e EDP, que beneficiaram de um desconto de 50% nas respetivas coimas

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) fechou 2022 com um total de 34 processos de contraordenação decididos, que resultaram em 13 condenações, revelou esta terça-feira o regulador da energia em comunicado.

Essas 13 condenações traduziram-se na aplicação de coimas no valor total de 615.850,00 euros. No entanto, o valor efetivamente cobrado pela ERSE foi de pouco mais de metade: 328.850 euros. Isso explica-se pelo regime de “transação”, no qual a confissão dos factos e o reconhecimento da responsabilidade dos visados dão direito a uma redução da sanção efetiva.

Bastante mais baixo foi o valor atribuído em compensações a consumidores lesados pelas más práticas das empresas de energia: 2990 euros.

“Destes 34 processos de contraordenação decididos, em 2022, 13 respeitam a condenações com aplicação de coima, 20 a arquivamentos e 1 a uma admoestação. Dos processos arquivados, em 2 foram emitidos autos de advertência”, indica a ERSE no seu comunicado.

As duas condenações mais expressivas foram para a EDP Comercial e a Endesa.

A EDP foi condenada a uma coima de 200 mil euros, reduzida para 100 mil euros em termos efetivos, por ter procedido a mudanças de comercializador sem o consentimento expresso dos clientes.

A Endesa foi condenada a 360 mil euros, reduzidos a 180 mil euros, pelo mesmo motivo, mas também por ter desrespeitado o prazo dos pedidos de mudança, por ter alterado unilateralmente o preço sem comunicar o novo preço nem informar os consumidores do direito de denunciar o contrato e por não ter procedido à gravação integral de chamada que visava a celebração de contratos.

O regulador informou ainda que em termos acumulados ao longo de uma década de vigência do regime sancionatório do setor energético já aplicou coimas de 7,5 milhões de euros.

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