3 dezembro 2009 18:00
Soma e segue
Em mês de resultados, a estratégia da carteira voltou a bater o mercado e nem o susto do Dubai perturbou a tendência positiva das acções
3 dezembro 2009 18:00
Apesar do susto vindo do Dubai, a estratégia da Carteira registou mais um mês de ganhos. Em média, as "Boas", as "Baratas" e as "Boas e Baratas" avançaram 2,8 por cento (rendibilidade em euros) num mês pautado pela apresentação dos resultados trimestrais de algumas companhias que fazem parte da estratégia. No mesmo período, o índice MSCI World valorizou 2.49 por cento, alimentado pelas notícias animadoras sobre a evolução da economia mundial, em particular, da norte-american
Dos 16 títulos que compõem a estratégia, somente 3 perderam valor no mês passado - EADS, Mota-Engil e Sonae - e todas devido aos resultados apresentados. Para a fabricante de aviões francesa, uma acção Boa e Barata, o mês foi de turbulência. Além de ter apresentado um resultado líquido negativo de 87 milhões de euros, quando no mesmo período do ano passado tinha ganho mais de 679 milhões, a empresa continua a ser fustigada pelas incertezas em relação ao fabrico dos aviões A400M - um Airbus militar - e o Airbus civil A380. Recorde-se que o fim do fabrico do primeiro modelo acumula já 3 anos de atraso. Quanto ao A380, o maior avião de passageiros do mundo, existem algumas dúvidas sobre se o modelo terá procura numa época em que as transportadoras aéreas atravessam sérias dificuldades. Os títulos da companhia perderam 7,49 por cento no mês de Novembro.
Nas "Baratas", a Mota-Engil deslizou quase 6 por cento, em parte devido aos resultados que não reuniram o consenso dos especialistas das casas de investimento que acompanham os títulos da construtora nacional, mas também devido a alguma celeuma em torno de alguns negócios da empresa com o Estado que o Tribunal de Contas chumbou. Em termos acumulados, a Mota-Engil registou lucros de 67, 9 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, quase 4 vezes mais que o conseguido no período homólogo. No entanto, apesar da subida, os ganhos incluíram uma mais-valia não recorrente que dividiu os analistas. Em Novembro, os títulos da construtora perderam 5,95 por cento.
Do lado positivo esteve a Raytheon. A fabricante de equipamentos tecnológicos aeroespaciais, de defesa e outros registou a maior valorização mensal entre as 16 empresas que fazem parte do portefólio da Carteira, 11,08 por cento. Para a valorização contribuíram vários negócios ganhos pela empresa na área da defesa.
Empresas | Rendibilidade Novembro 2009 |
Boas | |
Banco Santander | 2,93% |
Petrobras | 9,62% |
Raytheon | 11,08% |
Telefónica | 2,53% |
Baratas | |
Mota-Engil | -5,95% |
Norfolk Southern | 9,40% |
Sonae Industria | 2,72% |
Sonae | -0,11% |
Boas e Baratas | |
EADS | -7,49% |
EDP | 0,49% |
Gas Natural | 0,14% |
OHL | 7,91% |
Fonte: Bloomebrg. Rendibilidades efectivas em euros. 30 Novembro 2009 |
Nota: No início de cada mês, o Carteira.pt publica um texto onde contabiliza os ganhos e perdas da estratégia e procura explicar os motivos para as variações dos títulos que a compõem.