O Banco de Inglaterra (BoE, no acrónimo em inglês) decidiu esta quinta-feira subir os juros em apenas 25 pontos-base, aumentando a taxa diretora para 4,25%. Desde dezembro de 2021, quando iniciou precocemente a vaga de subida dos juros, o banco central da libra esterlina já aumentou os juros em 415 pontos-base (4,15 pontos percentuais).
Surpreendido pela subida da inflação para 10,4% em fevereiro - muito acima de 6% para os Estados Unidos e 8,5% para a zona euro -, o BoE decidiu, no entanto, optar por uma subida moderada, como a Reserva Federal norte-americana fizera na véspera.
A decisão não foi unânime. A favor do aumento votaram sete membros do comité de política monetária. Dois votaram contra, propondo que se fizesse uma pausa no aumento dos juros e se mantivesse a taxa de 4% aprovada em fevereiro.
Os juros ingleses estão acima dos do BCE (3,5%, depois da decisão a 16 de março) e abaixo dos da Reserva Federal norte-americana (5%, no limite superior do intervalo, desde a reunião de quarta-feira).
O Banco de Inglaterra optou por um aumento moderado de 25 pontos-base, no dia em que o Banco Nacional Suíço decidiu seguir a linha dura do BCE e subir os juros em meio ponto percentual e os bancos centrais de Taiwan e da Noruega aprovaram aumentos de 0,125 e 0,25 pontos-base.
O BoE chegou a aprovar uma subida muito robusta de 75 pontos-base em novembro do ano passado. Desde o final de 2021, já aumentou os juros em meio ponto percentual (50 pontos-base) quatro vezes, a última das quais na reunião de fevereiro passado. Na reunião desta quinta-feira moderou a subida.
Sobre a crise recente nos bancos de média dimensão que faliram nos Estados Unidos e sobre o colapso do Credit Suisse que levou à sua compra pelo UBS, os banqueiros da libra consideram que não há preocupações com o sector bancário britânico, que “mantém posições de liquidez e de capital” sólidas. O comunicado oficial do BoE repete o tom das intervenções da Fed e do BCE considerando que os sectores bancários respetivos são “resilientes”.
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