José António Nogueira de Brito assumiu a presidência da APED - Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição, em representação do Pingo Doce, do grupo Jerónimo Martins. A mudança na direção, até agora liderada por Isabel Barros, em representação do grupo Sonae (Continente) coincide com um momento critico para o sector que tem sido pressionado a justificar lucros e a subida dos preços nas prateleiras.
No mandato, para o período de 2023 a 2027, Nogueira de Brito assume ter como prioridades “a competitividade do setor, a captação, formação e requalificação das suas pessoas, a sustentabilidade e a ação climática e a transição digital”, mas o primeiro teste de fogo é a introdução do IVA zero num cabaz de 46 categorias de produtos considerados essenciais a uma alimentação saudável a partir de 18 de abril.
“É com sentido de responsabilidade que assumo a presidência da APED durante os próximos quatro anos. São muitos os desafios que se colocam ao setor da Distribuição e Retalho, que tornam imprescindível que a APED seja uma voz ouvida e respeitada, um parceiro nas soluções e um agente de mudança positiva na sociedade portuguesa", diz em comunicado.
“Com os meus colegas de direção, estou certo que seremos capazes de consolidar o percurso que a associação tem vindo a trilhar, sem perder de vista as oportunidades futuras nas quais o setor deverá estar na linha da frente”, acrescenta.
Com 30 anos de experiência no sector da distribuição,José António Nogueira de Brito é, desde 2020, responsável comercial do Grupo Jerónimo Martins.
Na nova direção da APED tem a seu lado, como vice-presidentes, Ana Alves, em representação da Modelo Continente, e Solange Farinha, em representação da Auchan. Sérgio Ramos (Lidl), Joana Neto (Dia), Cláudia Domingues (IKEA), Francisco Fonseca (ITMP), Nuno Luz (FNAC) e José Catarino Tavares (El Corte Inglés) são os vogais.
A APED representa mais de 144 mil trabalhadores, divididos entre o retalho alimentar (104 mil) e o retalho especializado (40 mil) e distribuídos por mais de 4.500 lojas. O setor da Distribuição e Retalho representa mais de 12,4% do PIB nacional.
Ao longo dos últimos quatro anos, diz a APED, as empresas suas associadas criaram 6 mil novos postos de trabalho e investiram mais de 150 milhões de euros na formação e requalificação dos seus funcionários.
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