Relatório do Conselho das Finanças Públicas alerta para problema que persiste desde 2012 e que se agravou em 2022, com o investimento público a ficar aquém do consumo de capital fixo, rubrica associada à depreciação dos ativos fixos do Estado. Veja o gráfico interativo
Apesar de todos os fundos europeus à disposição do país, o investimento público em infraestruturas, edifícios, máquinas, equipamentos e demais formação bruta de capital fixo (FBCF) ainda não chega para travar o desgaste deste stock de capital acumulado pelas administrações públicas (AP).
Não obstante os apoios do Portugal 2020, do Portugal 2030 e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), há sempre estragos que ficam por reparar. Em 2022, o crescimento da FBCF voltou a ser insuficiente para compensar essa depreciação das infraestruturas ou equipamentos públicos.
O aviso é do Conselho das Finanças Públicas (CFP): “Esta incapacidade de repor o stock de capital, decorrente do fraco nível de investimento público, penaliza a qualidade e operacionalidade das infraestruturas públicas na provisão de serviços públicos”.
"A erosão do stock de capital prejudica, assim, o potencial de crescimento económico, o que a prazo pode afetar a sustentabilidade da dívida pública", lê-se no relatório sobre a evolução orçamental das AP em 2022.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: economia@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes