Os setores não-financeiros domésticos foram os únicos com um financiamento líquido positivo às administrações públicas em fevereiro, graças à compra de títulos de dívida do Estado pelas famílias, mas globalmente o Estado teve uma situação líquida negativa em termos de financiamento
O financiamento do Estado foi negativo em 4,1 mil milhões de euros em fevereiro, face a um financiamento positivo de 32 milhões de euros no mês homólogo, de acordo com dados do Banco de Portugal (BdP) divulgados esta segunda-feira, 24 de abril. Conforme explica o BdP, “um financiamento líquido negativo indica que as aquisições líquidas de ativos financeiros pelas administrações públicas foram superiores às emissões deduzidas de amortizações dos passivos, ou seja, as administrações públicas utilizaram parte dos fundos obtidos para financiarem outros setores da economia”, explica o banco central português.
Já em janeiro as administrações públicas tinham registado uma situação líquida de financiamento negativa em 2,8 mil milhões de euros, de acordo com os dados do BdP publicados esta segunda-feira.
O financiamento dos bancos às administrações públicas foi negativo em 5,7 mil milhões de euros, ao passo que o do exterior foi negativo em 2,6 mil milhões de euros.
Os restantes setores da economia financiaram as administrações públicas em 4,1 mil milhões de euros, “sobretudo pelo investimento líquido das famílias em certificados de aforro e do Tesouro (4,3 mil milhões de euros)”, segundo o BdP.
Por instrumento de financiamento, os empréstimos deduzidos de depósitos foram negativos em 3,7 mil milhões de euros, ao passo que as emissões líquidas de títulos foram negativas em 0,4 mil milhões de euros.
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