As perguntas sobre o BES a que Carlos Costa tem de responder

O governador do Banco de Portugal vai ser o primeiro a ser ouvido na comissão. Várias perguntas serão colocadas por deputados das diferentes bancadas partidárias. Algumas delas parecem ser incontornáveis. O Expresso elenca um conjunto de questões que Carlos Costa não deve deixar sem resposta: 

1. O que fez o BDP quando tomou conhecimento de que Ricardo Salgado teve de corrigir por várias vezes a sua declaração de rendimentos ao fisco? Houve alguma investigação sobre a proveniência dos mesmos? 

2. O que diligenciou o supervisor quando soube que o líder do BES havia recebido pagamentos de um empresário por prestação de serviços, supostamente de consultadoria? Um banqueiro pode fazê-lo?  

3. Esta situação por si só não levaria a uma apreciação da sua idoneidade?

4. Que diligências tomou o BdP quando recebeu as denúncias de Pedro Queiroz Pereira?

5. De maio a setembro de 2013, o que fez o Banco de Portugal para obrigar o BES a diminuir a exposição que tinha ao fundo Espírito Santo Liquidez (que concentrava dívida de empresas do grupo, nomeadamente a ESI e Rioforte)?

6. Que papel teve no controlo da 'guerra' entre Ricardo Salgado e José Maria Ricciardi? 

7. Porque não afastou Ricardo Salgado e a sua gestão quando teve conhecimento da auditoria da KPMG às contas da ESI?

8. Porque garantiu ao longo do mês de junho e julho que a situação do BES era sólida e que o banco detinha um capital suficiente para acomodar eventuais impactos negativos decorrentes da exposição aos negócios não financeiros do GES?

9. Porque disse que havia bancos internacionais interessados no BES a 18 de julho?

10. Porque não estavam provisionados nas contas do BES, a 30 de junho , os 3,3 mil milhões do empréstimo do BES ao BES Angola, se já se anteviam os problemas naquele banco? 

11. O que pediu à administração de Vítor Bento e por que razão esta bateu com a porta?