Economia

Aprovado plano de viabilização da Qimonda

29 setembro 2009 12:55

Os credores da Qimonda Portugal aprovaram a viabilização da empresa, com mais de 95% de votos, iniciando-se o processo de saída de 330 trabalhadores. (Veja vídeo SIC no final do texto)

29 setembro 2009 12:55

Os credores da Qimonda Portugal aprovaram hoje a viabilização da empresa com mais de 95% de votos a favor, mas a assembleia foi suspensa por 60 dias para que a administração defina com os credores a nova estrutura accionista.

No imediato vai, contudo, iniciar-se o processo de saída de 330 trabalhadores, já que o plano de viabilização hoje aprovado apenas prevê a manutenção, "no ano cruzeiro" de 2011, de 770 dos actuais 1000 postos de trabalho da empresa de semicondutores de Vila do Conde.

Segundo explicou Paulo Queirós, da Qimonda Portugal, a administração "está aberta" a negociar rescisões de contrato com os trabalhadores disponíveis até sexta-feira.

A empresa pretende ainda saber quantos trabalhadores aceitam prolongar o 'lay-off' a partir de 4 de Novembro, dia em que terminam os seis meses de paragem temporária de trabalho inicialmente previstos e que legalmente apenas podem ser prolongados com o acordo dos trabalhadores.  Depois de apurado o total de trabalhadores que aceita uma destas duas opções, a administração dará início, já a partir de sexta-feira, ao processo de despedimento colectivos dos trabalhos necessários até perfazer os 330 que, de acordo com o plano de viabilização, têm que sair.   Contudo e, uma vez que por lei, o acordo na Qimonda não se poderá prolongar para além de Abril de 2010, a administração vai, a partir dessa data, despedir os trabalhadores de que ainda não necessite na altura, deixando em aberto a possibilidade de os voltar a contratar.   "Devido ao fim do período de 'lay off' haverá necessidade de proceder à cessação dos contratos de trabalho cuja manutenção não seja necessária na fase de reinicio de actividade, sem prejuízo de os trabalhadores agora dispensados poderem vir a ser progressivamente contratados assim que necessário", lê-se no plano de insolvência hoje aprovado.