500M&M 2009

Melhor médio e pequeno banco - Banco de Investimento Global

29 outubro 2009 20:30

Almofadado contra a criseA solidez do balanço - pouco alavancado, muito líquido e capitalizado e com poucos activos de risco, muito diversificados e de muito boa qualidade - fez a diferença.

29 outubro 2009 20:30

Diz o ditado popular que homem prevenido vale por dois. E o mesmo se pode dizer sobre os bancos, em especial num ano como 2008, marcado por uma grave crise financeira. O Banco de Investimento Global (BIG) é um bom exemplo. "A crise encontrou-nos numa situação muito sólida", salienta Carlos Rodrigues, presidente da instituição. "Tínhamos um balanço pouco alavancado, muito líquido, o que continua a ser verdade - se quisermos, conseguimos transformar 80% em liquidez, em três dias úteis -, uma base de capital enorme - o rácio Tier I cifrou-se em 32,7% - e forte diversificação dentro dos activos de risco, que eram de muito boa qualidade e razoavelmente poucos em relação aos fundos próprios." Claro que o banco possuía alguns activos de risco e, tal como todo o sistema financeiro, perdeu dinheiro neles. Mas, "tínhamos um tal nível de almofadas em termos de capital e de diversificação de risco que pudemos vender com prejuízo aquilo que nos parecia que não íamos recuperar", salienta Carlos Rodrigues. Balanço do ano? Os lucros diminuíram 41,7%, mas, mesmo assim, o BIG alcançou um resultado líquido de 6,43 milhões de euros, mantendo a remuneração aos accionistas. "Confesso que temos algum orgulho porque atravessámos esta fase com um balanço que resistiu muito bem, os accionistas tiveram uma vida idêntica à do ano anterior - mantivemos o dividendo -, não tivemos de pedir qualquer garantia ao Estado para emitirmos dívida e fomos mesmo fornecedores de liquidez ao sistema", revela o gestor. Porquê tantas almofadas? Carlos Rodrigues é taxativo: "O BIG não podia prever uma crise como esta - ninguém podia -, mas tinha a noção clara de que havia alguma leviandade generalizada no excesso de endividamento de particulares e de empresas, nomeadamente de bancos, que estava a ter um enquadramento favorável dado pela política monetária suicidamente expansionista da Reserva Federal norte-americana (FED), o que acabava por afectar todas as economias do mundo." O gestor considera, por isso, que "a virulência da crise não desculpa a fragilidade com que encontrou muitas instituições, das maiores do mundo". Isto porque "muitas estavam claramente pouco capitalizadas e com activos contabilizados a preços que provaram não ser realistas sob situações de stresse, o que resultou num quase colapso em cadeia do sistema". Neste contexto, a actuação do BIG foi clara. "Como não podíamos mudar o mercado, tínhamos de nos adaptar a ele", aponta Carlos Rodrigues. E admite que o banco deixou de fazer algum dinheiro nesse período de crescimento explosivo das economias, do crédito e do endividamento de países, famílias e empresas. (...)

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