Preços desaceleram na produção e no consumo
A Síntese Económica de Conjuntura do INE destaca a desaceleração de preços no produtor e no consumidor. Em abril, os preços na produção da indústria caíram pela primeira vez desde fevereiro de 2021
A Síntese Económica de Conjuntura do INE destaca a desaceleração de preços no produtor e no consumidor. Em abril, os preços na produção da indústria caíram pela primeira vez desde fevereiro de 2021
Os preços estão a desacelerar, quer na produção, quer junto do consumidor, mostram os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com a Síntese Económica de Conjuntura do INE, em Portugal, o índice de preços na produção da indústria em abril caiu pela primeira vez desde fevereiro de 2021 (-0,9%). A queda dá-se “após crescimentos de 8,9% e 0,1 % em fevereiro e março, na sequência do perfil ininterrupto de desaceleração observado desde julho de 2022”.
Foi a componente energética o fator decisivo para a queda, uma vez que sem esta componente, o índice teria crescido 4,7%.
Por sua vez, “a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) [que mede a inflação] abrandou para 5,7% em abril, taxa inferior em 1,7 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior".
O índice referente aos produtos alimentares não transformados, que tem sido dos maiores motivos de preocupação dos especialistas e do Governo, desacelerou, passando de uma variação homóloga de 19,3% em março, para 14,2% em abril.
O INE destaca ainda os novos dados conhecidos relativamente ao PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre: cresceu 2,5% em Portugal, acima da média europeia (1,3% na zona euro).
Relativamente aos “indicadores de curto prazo relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para março, apontam para uma desaceleração nominal na indústria e nos serviços, bem como uma diminuição real na indústria e uma aceleração na construção”.
Já na perspetiva da despesa, “o indicador de atividade económica aumentou de forma menos intensa em março, verificando-se uma diminuição do indicador de investimento e uma aceleração do indicador de consumo privado”.
Por sua vez, o indicador de clima económico, que, segundo o gabinete estatístico, sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, aumentou entre janeiro e abril.
Por fim, relativamente ao emprego, o INE destaca a subida da taxa de desemprego para 7,2% no primeiro trimestre do ano, o que compara com uma taxa de 5,9% no mesmo trimestre de 2022. “O número de desempregados aumentou 23,3% em termos homólogos”, refere o INE.
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