Economia

Confiança dos consumidores portugueses sobe em abril

Confiança dos consumidores portugueses sobe em abril
Vinícius Marchi Appel / EyeEm

Os consumidores portugueses estão mais otimistas em abril face ao final do ano de 2022, depois de o indicador de confiança do INE ter alcançado em novembro mínimos desde abril de 2020

O indicador de confiança dos consumidores melhorou de -37,1 pontos em dezembro para -30,2 em abril, recuperando depois do registo de novembro de 2022, o mais baixo desde abril de 2020, um mês depois do início da pandemia da covid-19, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira, 27 de abril, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“A evolução do indicador no último mês resultou do contributo positivo das expectativas de evolução futura da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar, e, em menor grau, das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar. Em sentido contrário, as perspetivas de evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias registaram um contributo negativo”, explicita o INE.

Já o indicador de clima económico cresceu de 1,3 pontos em dezembro para 2,5 em abril, “invertendo o movimento descendente iniciado em março de 2022”, segundo a autoridade estatística.

No que toca à confiança no futuro da economia, “o saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país aumentou significativamente em abril, atingindo o valor máximo desde fevereiro de 2022 e retomando a trajetória ascendente observada desde novembro de 2022, que havia sido interrompida em março”.

Já “o saldo das perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar aumentou em abril, após ter diminuído ligeiramente no mês anterior, retomando o perfil positivo iniciado em novembro”, segundo o INE.

No que toca ao custo de vida, “o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços aumentou nos últimos dois meses, mantendo-se relativamente próxima do valor máximo da série registado em outubro, no seguimento da trajetória acentuadamente ascendente iniciada em março de 2021. O saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços diminuiu nos últimos dois meses, de forma significativa em abril, retomando a trajetória marcadamente descendente observada desde março de 2022, quando atingiu o valor máximo da série”.

Entretanto, nas empresas, “os indicadores de confiança da construção e obras públicas e dos serviços aumentaram relativamente a março, tendo diminuído na indústria transformadora e no comércio”.

“O saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuiu expressivamente entre novembro e abril na indústria transformadora, atingindo o valor mais baixo desde maio de 2020. Este saldo também diminuiu de forma significativa em março e abril no comércio, atingindo o nível mais baixo desde agosto de 2021, enquanto na construção e obras públicas e nos serviços verificaram-se reduções mais moderadas nos últimos três meses”, refere o INE.

No que toca à evolução do investimento, “57,7% das empresas preveem que o investimento em 2023 irá estabilizar face a 2022, enquanto 34,3% das empresas preveem um aumento do investimento e 8% uma diminuição”.

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