Se caminharmos para uma fragmentação em dois blocos geopolíticos rivais, há o risco de “repetidos choques pelo lado da oferta” e um aumento da inflação, alertou a presidente do BCE numa conferência em Nova Iorque. Bancos centrais e governos ocidentais têm de ter “um alinhamento por uma meta estratégica”
A fragmentação que está a emergir com força depois da guerra de agressão russa na Ucrânia e das movimentações em torno de novos alinhamentos por uma multipolaridade geopolítica vai ter “impacto nos bancos centrais”, com “mais instabilidade na oferta global” e risco de “mais inflação”.
O aviso partiu de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), numa conferência proferida na segunda-feira no Council on Foreign Relations em Nova Iorque, que quantifica os riscos: o impacto inflacionista poderá ser de 5% no curto prazo e de mais 1% no longo prazo.
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