A economia portuguesa apresentou necessidades de financiamento equivalentes a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, quando em 2021 apresentava uma capacidade de financiamento, refere o Banco de Portugal (BdP), numa nota divulgada esta quarta-feira. Os particulares atingiram a capacidade mais baixa desde a última crise (2008).
A passagem de capacidade para necessidade de financiamento - no fundo, um agravamento - “refletiu quer as reduções das capacidades de financiamento dos particulares e das sociedades financeiras, quer o aumento da necessidade de financiamento das sociedades não financeiras”, evoluções que foram “parcialmente compensadas pelo decréscimo da necessidade de financiamento das administrações públicas”.
No ano passado, “as necessidades de financiamento das sociedades não financeiras e das administrações públicas (respetivamente de 1,9% e 0,4% do PIB) excederam as capacidades de financiamento das sociedades financeiras e dos particulares (de 1,3% e 0,5% do PIB)”.
Segundo o banco central, desde 2008 que os particulares não tinham uma capacidade de financiamento tão baixa.
A instituição liderada por Mário Centeno indica ainda que, em 2022, o “resto do mundo” financiou as sociedades não financeiras em 5% do PIB. Por sua vez, as sociedades financeiras financiaram o “resto do mundo” em 4,3%; as sociedades não financeiras financiaram os particulares e as sociedades financeiras em 2,5% e 1% do PIB, respetivamente; e os particulares financiaram as sociedades financeiras e as administrações públicas em 2,1% e 0,8% do PIB, respetivamente.
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