Progressão, prémios e salários lideram queixas

O salário é o terceiro fator com maior percentagem de insatisfação entre os profissionais portugueses. E o descontentamento está a agravar-se. O guia salarial da Hays para 2023 mostra que a insatisfação associada às questões remuneratórias aumentou de 52%, em 2021, para os atuais 63%, apesar de o número trabalhadores que receberam atualizações no último ano ser o mais alto dos últimos cinco: 37%. Subida da inflação e atualizações insuficientes para garantir o poder de compra ajudam a justificar os números e têm impacto também na ausência de progressões e prémios, de que também se queixam os trabalhadores. A ‘guerra’ pelo talento pode mudar este panorama.

É não só a ausência de aumentos passados, mas também o receio de uma atualização abaixo do valor da inflação para este ano, que sustenta a insatisfação dos trabalhadores em Portugal. A remuneração não é o principal fator de descontentamento, mas está, de algum modo, presente nas principais queixas dos profissionais. No topo da lista está a insatisfação quanto à progressão profissional (associada, em regra, à valorização salarial), apontada por 68% dos 3000 profissionais inquiridos pela consultora Hays. Em segundo lugar, referido por 67% dos trabalhadores, surge a ausência ou baixo valor dos prémios de desempenho, e só depois o salário (63%).

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.