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Economia

Criação de dois blocos pelos EUA e China vai roubar 1% ao PIB mundial, avisa o FMI

Sede do Fundo Monetário Internacional em Washington DC, nos Estados Unidos
Sede do Fundo Monetário Internacional em Washington DC, nos Estados Unidos
STEFANI REYNOLDS

O cenário de divisão mundial em dois grandes blocos geopolíticos vai fragmentar o investimento internacional e castigar até as economias emergentes e pobres que tentarem manter-se “não-alinhadas”, avisa o FMI

Um aumento nas tensões geopolíticas entre as duas principais superpotências – os Estados Unidos e a China – no sentido de um realinhamento mundial em dois grandes blocos vai levar à fragmentação do investimento internacional, com relocalizações significativas dos fluxos de capitais e das cadeias de fornecimento global. Há uma “tendência crescente para uma fragmentação geoeconómica”, avisa o Fundo Monetário Internacional (FMI) num estudo divulgado esta semana.

Esta fragmentação é mais um rochedo numa “recuperação rochosa” em 2023, considerada pelo FMI como traço marcante na análise macroeconómica para este ano. Os mais castigados em termos de PIB por habitante (em termos reais, deduzida a inflação) com esta tendência vão ser, em geral, as economias emergentes e em desenvolvimento da Ásia, da região do Médio Oriente e Ásia Central, e da África sub-saariana.

Em termos macroeconómicos, este realinhamento segundo linhas vermelhas geopolíticas vai custar 1% ao PIB mundial nos próximos cinco anos e castigar até as economias emergentes e pobres que tentarem manter-se como “não-alinhadas”, jogando nos dois tabuleiros.

O estudo dos economistas do Departamento de Investigação do Fundo foi divulgado antes da publicação do relatório World Economic Outlook, a ser lançado na próxima semana, aquando das reuniões de primavera em Washington, onde será atualizada a visão macroeconómica do mundo que tinha sido avançada na assembleia geral de outubro do ano passado.

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