Banco norte-americano Silicon Valley Bank encerrado pelas autoridades
O SVB, pouco conhecido do grande público, era o 16.º banco norte-americano em dimensão de ativos. Situação contagiou o sistema financeiro na Bolsa
As autoridades norte-americanas anunciaram ter encerrado o Silicon Valley Bank, um banco próximo das tecnológicas e repentinamente em dificuldades, tendo confiado o controlo dos depósitos à agência responsável pela sua garantia (FDIC).
Esta última prevê reabrir as 17 agências do banco na segunda-feira e autorizar a curto prazo que os clientes levantem até 250.000 dólares (236.000 euros), o montante habitualmente garantido pela FDIC.
Os que tenham mais dinheiro nas suas contas bancárias, ou seja, a maioria dos clientes do banco, devem contactar a agência.
Foi o Gabinete de Proteção Financeira e Inovação da Califórnia (DFPI) que tomou posse oficialmente do estabelecimento bancário, alegando "a sua falta de liquidez e insolvência".
Foi confiada a gestão à FDIC que criou para esse efeito uma entidade específica, que vai ocupar-se da gestão de ativos do banco e dos empréstimos, entre outros assuntos.
No final de 2022, o banco contava 209 mil milhões de dólares de ativos e cerca de 175,4 mil milhões em depósitos, precisaram as autoridades.
O SVB, pouco conhecido do grande público, era o 16.º banco norte-americano em dimensão de ativos.
Com sede em Santa Clara, na Califórnia, o Silicon Valley Bank era especializado no setor tecnológico e fazia negócios principalmente com empresas emergentes.
Com as dificuldades que o setor atravessa, entre as quais a subida das taxas de juro e a volatilidade nas tecnológicas, os clientes retiraram bastante dinheiro das suas contas nos últimos meses.
Para ter liquidez suficiente, o Silicon Valley Bank anunciou na quarta-feira à noite que procurava fazer rapidamente um aumento de capital. Na agitação que se seguiu, o banco perdeu 60% na bolsa de Nova Iorque na quinta-feira e as ações foram suspensas hoje antes do início da sessão.
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