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Procuradores suíços acusam quatro banqueiros de esconder ativos de Putin

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Quatro banqueiros suíços, funcionários da subsidiária do Gazprombank, estão a ser acusados de esconder ativos em nome de Putin por permitirem a abertura de contas na Suíça em nome de Sergei Roldugin, violoncelista e padrinho da filha do presidente russo

Quatro banqueiros suíços estão a ser acusados de esconder dezenas de milhões de francos suíços em nome do presidente russo, Vladimir Putin. Os quatro indivíduos eram funcionários da subsidiária suíça do Gazprombank e incluem seu líder executivo, Roman Abdulin, escreve o “Financial Times”.

De acordo com o documento, os banqueiros foram criminalmente negligentes ao permitir a abertura de contas na Suíça em nome de Sergei Roldugin, violoncelista e padrinho da filha de Putin, sem sequer questionar a origem dos recursos.

“É notório que o presidente russo Putin tem oficialmente uma renda de pouco mais de 100.000 francos suíços e não é rico, mas na verdade possui enormes ativos administrados por pessoas próximas”, lê-se na acusação.

Contudo, um porta-voz do Gazprombank na Suíça – que está a fechar as operações devido às sanções ocidentais – negou as acusações contra os funcionários do banco.

De acordo com a acusação, os banqueiros assinaram declarações de que o violoncelista não era uma “pessoa politicamente exposta” – uma designação formal que teria desencadeado um escrutínio adicional – apesar da ampla divulgação pública sobre as suas conexões com Putin.

O violoncelista tinha ativos de pelo menos 50 milhões de dólares e planeava canalizar outros 10 milhões anuais através de empresas e contas falsas.

Os procuradores alegam que os banqueiros estavam cientes do verdadeiro significado e conexões de Roldugin.

A acusação detalha ainda que as empresas criadas em nome de Roldugin foram estabelecidas por funcionários do Banco Rossiya, que tentaram esconder o seu envolvimento usando endereços de e-mail anónimos. “O Banco Rossiya é o banco dos principais políticos da Rússia e o seu acionista maioritário e presidente do conselho [Yuri Kovalchuk] é considerado o tesoureiro de Putin”, observa a acusação.

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