Economia

Presidente da Ryanair lamenta não poder crescer em Lisboa e diz que Montijo "está atrasado dez anos"

Michael O´Leary, presidente da Ryanair, defende a urgência de construir o Montijo
Michael O´Leary, presidente da Ryanair, defende a urgência de construir o Montijo
Antonio Pedro Ferreira

O líder da Ryanair afirmou esta quarta-feira que a companhia vai crescer em Faro e no Porto, mas não tem condições para aumentar a oferta em Lisboa, por falta de espaço no Aeroporto Humberto Delgado. O´Leary estima que os preços subam cerca de 5% a 10% este verão

"Infelizmente não vamos ter nenhum crescimento de rotas para Lisboa em 2023, porque a TAP continua a ter slots (faixa horária para aterrar e levantar voo) que não está a usar", afirmou Michael O´Leary, presidente da Ryanair, numa conferência de imprensa esta quarta-feira em Lisboa, onde veio anunciar mais crescimento para os aeroportos de Porto e Faro. E lamentou que não possa aumentar a oferta em Lisboa, na Madeira e em Faro.

"O Montijo está atrasado 10 anos na sua abertura", afirmou O´Leary, que voltou a defender que é urgente avançar com a nova infraestrutura. A Ryanair quer voar para o Montijo, frisou, rejeitando implicitamente as outras localizações possíveis para o futuro aeroporto de Lisboa.

O´Leary lamenta o que diz ser o "aumento injustificado das taxas aeroportuárias e impostos", as chamadas ecotaxas, que considera que estão a prejudicar o turismo e o emprego nas ilhas portuguesas, desviando o turismo para países como Marrocos, Turquia e Tunísia.

O presidente e acionista da companhia de baixo custo esteve em Lisboa, com uma mensagem clara: apelar à ANAC e à ANA “para alargar a redução das taxas aeroportuárias a todos os aeroportos portugueses, não apenas Faro e Porto”.

E pediu ao Governo que liberte as faixas horárias não utilizadas da TAP no aeroporto de Lisboa.

Preços vão subir no verão

Michael O´Leary estima que os preços dos bilhetes irão subir cerca de 5% a 10% no verão deste ano, mas considera que isso não irá afetar as companhias de baixo custo e de curta distância. O impacto, admite, sentir-se-á sobretudo nas viagens de longo curso.

"Sempre que se pensa que o verão será bom, acontece alguma coisa que acaba por penalizar as operações. Tem sido assim nos últimos anos", lamentou.

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