O sector imobiliário arranca em 2023 num contexto de grande incerteza e complexidade, que não eram vistas há mais de 10 anos. Os analistas contactados pelo Expresso denotam um otimismo moderado e salientam que o mercado se encontra num momento de definição de preço.
O adiamento de intenções de investimento em imobiliário comercial que se fizeram sentir a partir dos últimos trimestres do ano passado dificulta a comparação e, assim, a definição de preços dos imóveis. Adiamentos de intenções a que não são alheias as pressões inflacionistas, o aumento das taxas de juro ou a guerra na Ucrânia, entre outros. Isto apesar de o imobiliário comercial ou de rendimento — escritórios, logística, residencial — ter registado em 2022 um dos melhores anos de sempre, ao aproximar-se dos €3 mil milhões, sobretudo graças ao desempenho dos primeiros seis meses, notam consultoras como a CBRE, Cushman & Wakefield, entre outras. Certo é que a atual crise difere das anteriores, pois continua a existir elevada liquidez no mercado e vontade de investir.