Apesar da estabilidade dos últimos meses, em novembro de 2022 a taxa de desemprego registou um agravamento para 6,4%, correspondendo a um aumento em cadeia, ou seja, face ao mês anterior, de 0,4 pontos percentuais (p.p.) e também ao mês homólogo de 2021 (0,2 p.p.).
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), conhecidos esta sexta-feira, contabilizam 331,6 mil pessoas em situação de desemprego no país. O número marca um agravamento homólogo de 3,2% (10,3 mil) pessoas desempregados no país.
Por sua vez, a estimativa do INE aponta para que a população ativa tenha registado em novembro um decréscimo, em relação ao mês anterior, de 1,8 mil pessoas (a que corresponde uma variação relativa quase nula) e que a população inativa tenha tido um acréscimo de 3,1 mil (0,1%).
Segundo o organismo de estatística nacional, “a diminuição da população ativa resultou do decréscimo da população empregada (20,1 mil; 0,4%), que superou o acréscimo da população desempregada (18,4 mil; 5,9%)”. Já o aumento da população inativa foi explicado, essencialmente, pelo acréscimo do número de outros inativos, os que não estão disponíveis nem procuram emprego (4,8 mil; 0,2%).
Na comparação homóloga, o aumento da população ativa (26,6 mil; 0,5%) em relação a novembro de 2021 foi acompanhado por um acréscimo tanto da população empregada (16,3 mil; 0,3%) como da população desempregada (10,3 mil; 3,2%).
Também em termos homólogos, a população inativa diminuiu em 52,3 mil pessoas (2,1%) devido, principalmente, à diminuição do número de outros inativos, os que não estão disponíveis para trabalhar e que não procuraram emprego (43,7 mil; 1,9%).
São estes resultados (ainda provisórios) que, segundo o INE, sustentam uma taxa de desemprego de 6,4% em novembro, mais 0,4 p.p do que em setembro e mais 0,2 p.p do que em novembro de 2021.
A merecer destaque está também o aumento do indicador da subutilização do trabalho - que agrega além dos desempregados, as pessoas que o INE classifica como inativas por não procurarem ativamente emprego ou não estarem disponíveis no imediato para aceitar um posto de trabalho - abrangeu 618,1 mil pessoas, número superior ao do mês anterior (16,4 mil; 2,7%), mas que é praticamente idêntico ao do período homólogo de 2021.
O mesmo acontece com a taxa de subutilização do trabalho que, em novembro do ano passado, foi estimada em 11,6% superando em 0,4 p.p. a registada em outubro, mantendo-se em linha com a registada no mês homólogo de 2021.
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