Inflação abranda para 9,6% em dezembro
A inflação abrandou para os 9,6% em dezembro graças ao menor aumento nos combustíveis e bens alimentares não-processados, segundo a estimativa rápida do INE. A média anual deverá ser de 7,8%
A inflação abrandou para os 9,6% em dezembro graças ao menor aumento nos combustíveis e bens alimentares não-processados, segundo a estimativa rápida do INE. A média anual deverá ser de 7,8%
A taxa de inflação em Portugal voltou a abrandar em dezembro para os 9,6%, de acordo com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta sexta-feira, 30 de dezembro. Em novembro tinha sido de 9,9%, uma queda face aos 10,1% registados em outubro, o máximo registado este ano.
Os maiores contributos para o abrandamento do ritmo de subida dos preços vieram dos combustíveis e dos bens alimentares não transformados, com aumentos menores de preço.
A taxa de inflação da energia foi de 20,9% em dezembro, face a 24,7% em novembro, ao passo que a dos produtos alimentares não transformados, abrandou para os 17,6%, face a 18,4% em novembro.
Porém, este abrandamento da inflação geral contrasta com a subida da taxa de inflação subjacente, que cresceu 0,1 pontos percentuais para os 7,3% em dezembro, o registo mais elevado desde dezembro de 1993.
A inflação subjacente exclui nos seus cálculos as componentes energéticas e de bens alimentares não transformados - componente que agrega frutas, legumes, carne e peixe - pela volatilidade de preço, o que permite ter uma ideia mais fidedigna da dinâmica de aumento do custo de vida, e se esta é persistente.
O ritmo de crescimento dos preços dos produtos alimentares transformados aumentou para 17,5% em dezembro, face a 16,8% de novembro. Esta classe de produtos foi uma das razões para o aumento da taxa de inflação subjacente, apesar do alívio nos combustíveis e nos bens alimentares não transformados.
A taxa média anual de inflação deverá ter ficado nos 7,8% no fecho do ano, aumentando face à média anual de 7,3% em dezembro. Esta estimativa é superior à de 7,4% do Governo no Orçamento do Estado para 2023 e inferior à do Banco de Portugal, estimada nos 8,1% para 2022.
Em dezembro, a variação mensal da taxa de inflação está estimada nos -0,3%. Em novembro, esta fora de 0,3%.
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor, que permite comparações entre os países da União Europeia, foi estimado nos 9,8%, caindo face aos 10,2% de novembro.
Dia 11 de janeiro o INE apresenta os dados definitivos da inflação de dezembro.
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