28 dezembro 2022 10:04
jens schlueter/getty
Um carro elétrico exige menos força de trabalho na sua produção, o que vai implicar reajustes nos quadros das fábricas espanholas já a partir de 2023, segundo o jornal “Cinco Días”
28 dezembro 2022 10:04
As fábricas espanholas de automóveis produziram mais de 110 mil carros elétricos de janeiro a novembro, uma subida de 60% face ao período homólogo, segundo o jornal espanhol “Cinco Días” desta quarta-feira, 28 de dezembro.
O aumento da produção de carros elétricos - cujo fabrico exige menos força de trabalho - significa, porém, a necessidade de reestruturar os quadros de pessoal nestas empresas, a começar em 2023.
A Seat, parte da Volkswagen, chegou a acordo com os sindicatos para a redução de 1330 profissionais até 2026 nas suas três fábricas em Espanha por via de um programa de rescisões voluntárias.
A fábrica da Volkswagen de Navarra vai começar a renegociar o seu contrato coletivo de trabalho, que expira em 2023, já com os carros elétricos na mira.
Em Valência, a fábrica da Ford, que já tem vindo a perder modelos, deverá reduzir a sua força de trabalho ainda mais com a chegada de modelos elétricos, prevendo negociar a redução dos quadros a partir de 2023. A Stellantis também prevê começar a negociar o contrato coletivo de trabalho em 2023 para uma fábrica na zona de Madrid.
Segundo o “Cinco Días”, as três instalações fabris da Renault em Espanha não deverão ajustar os quadros de pessoal, por terem contrato coletivo longe de expirar e por serem fábricas especializadas em carros híbridos.