27 dezembro 2022 10:44
phil noble/reuters
A Dourogás obteve as autorizações regulatórias necessárias para a venda da Sonorgás à Icon, negócio anunciado ao mercado em agosto e agora concluído
27 dezembro 2022 10:44
A Dourogás anunciou esta terça-feira a conclusão da venda da concessionária de distribuição de gás Sonorgás à gestora de fundos Icon Infrastructure. O negócio foi anunciado em agosto, mas precisava ainda da obtenção das autorizações regulatórias, que foram entretanto conseguidas.
A Dourogás alienou a totalidade da participação que tinha na Sonorgás, mas não revelou o valor de venda da empresa.
A empresa frisa, em comunicado, que “a equipa de gestão da Sonorgás permanecerá inalterada após a transação” e que “a intenção da Icon é manter toda a atual equipa da Sonorgás, com a expectativa de aumentar os recursos num futuro próximo para apoiar o crescimento significativo previsto do negócio”.
A Icon é uma gestora de fundos que somam atualmente mais de 8 mil milhões de dólares (7,5 mil milhões de euros ao câmbio atual), com investimentos na Europa e na América do Norte em áreas como a energia, telecomunicações, água, transporte e cuidados de saúde.
A Icon tem escritórios no Reino Unido, Alemanha, Canadá e Estados Unidos e, de acordo com o seu site, a Sonorgás é o seu segundo investimento em Portugal, depois da compra em 2008 de 38% da Manicargas (com operações no Terminal de Leixões), participação vendida em 2017. Em Espanha a Icon também investiu na empresa de energias renováveis Arcadia.
“Com esta operação, a Sonorgás reforça a sua capacidade financeira e continuará a apostar na manutenção e desenvolvimento de infraestruturas que são essenciais para continuar a servir os territórios onde tem presença”, acrescenta ainda a Dourogás.
A Dourogás, com sede em Vila Real, foi fundada em 1994 e abrange hoje um conjunto de empresas, incluindo na área emergente de gases renováveis.
Antes desta venda da Sonorgás, a Dourogás já tinha alienado em 2018 a Goldenergy (um dos maiores comercializadores de eletricidade e gás natural no mercado liberalizado) ao grupo suíço Axpo.