De janeiro a novembro o mercado de escritórios em Lisboa e no Porto cresceu 75% tendo atingido uma ocupação de quase 312 mil metros quadrados (m2), um novo recorde, segundo divulga esta segunda-feira em comunicado a consultora JLL.
A maior parte da área de escritórios contratada este ano encontra-se na capital (259 mil m2), mais 88% que no período homólogo. Por zona, foi o Parque das Nações “a localização mais dinâmica, agregando 27% da ocupação anual e refletindo uma forte atividade de pré-arrendamento”.
Já no Porto a ocupação até novembro totalizou 52,7 mil m2, mais 31% que no ano passado. “Na região, há um equilíbrio entre as zonas alvo de maior procura”, sendo que Matosinhos agrega 35% da ocupação anual.
Apesar de a conjuntura não ser a ideal - devido ao início da guerra e ao galopar da inflação -, Sofia Tavares, líder do departamento de escritórios da JLL, indica que, ainda assim, “as empresas seguiram os seus planos de mudança de instalações, criaram-se empresas e continuaram a surgir novos ocupantes internacionais" em Portugal.
“Este ano beneficiou também do efeito do regresso ao escritório: muitas empresas só agora estabilizaram o seu modelo de trabalho pós-pandemia e adequaram o seu espaço de ocupação a essas novas realidades. Isso implicou também um fluxo importante de novas ocupações”, acrescentou a responsável, citada na nota.
Para 2023, tem de se ajustar as expectativas pois, como lembra Sofia Tavares, “partimos de uma base de ocupação em níveis máximos”.